Conhecimento, sexo e distância de certos alimentos podem aliviar TPM
ERIKA MORAISda Revista da Hora
Cólica, inchaço, dor de cabeça ou nas pernas. Quem nunca sofreu as conseqüências de uma TPM que atire a primeira pedra. A tensão pré-menstrual, mais conhecida por sua sigla, causa transtornos a cerca de 80% das mulheres e, na maioria dos casos, também a quem convive com elas.
A TPM é até considerada frescura, e a má notícia é que não há cura para ela. Mas há, sim, maneiras de driblar essa síndrome, que pode se manifestar na forma de até 150 sintomas, entre cerca de dez dias antes da menstruação e o fim do sangramento.
A TPM chega sem avisar. Não há uma idade certa para ela aparecer. "Antes, falava-se que as mulheres afetadas tinham, principalmente, entre 20 e 30 anos ou simplesmente estavam em idade fértil. Hoje, sabemos que não é assim. Em minhas pesquisas, vi que 63% das jovens entre 15 e 17 anos sofrem com TPM", afirma a psicóloga Maria Regina Domingues de Azevedo, da Faculdade de Medicina do ABC, que analisou em sua tese de doutorado as influências dos fatores individuais e socioculturais na TPM de adolescentes. Também não há uma única causa, mas um conjunto que faz com que mulheres sofram em níveis de intensidade diferentes.
De acordo com a ginecologista Mara Diegoli, coordenadora do Centro de Apoio à Mulher com TPM, do Hospital das Clínicas, entre os fatores que provocam a TPM, cinco são fundamentais: a hereditariedade, a queda dos níveis de serotonina (substância que provoca a sensação de bem-estar), alterações hormonais, aumento na produção de prostaglandinas (substâncias que, quando produzidas em grande quantidade, podem provocar dor e inchaço) e fatores externos, como estresse ou uso de medicamentos.
Tipos
O primeiro passo para atravessar bem esse período pode ser descobrir qual é o seu tipo predominante de TPM: ansiosa, louca por doces, depressiva ou inchada. Também é importante avaliar a intensidade para saber como deve ser o tratamento.
Em casos leves ou moderados, evitar determinados alimentos e fazer exercícios físicos pode ajudar. Caminhada, alongamento, natação, hidroginástica, ioga e dança são atividades que sempre ajudam a combater os sintomas. "É bom lembrarmos que o sexo também é muito saudável e recomendado, afinal, trata-se de um exercício físico. Além disso, no sexo feito com carinho, a mulher se sente amada, e isso ajuda a melhorar a TPM", afirma Mara Diegoli.
Algumas mulheres também tendem a ter muita fome durante o período, por isso, o cuidado com a alimentação deve ser redobrado. Por mais difícil que seja, nada de sair comendo tudo o que vê pela frente. Você não vai querer ficar muito acima do peso e, de quebra, com sintomas depressivos. E nada de abusar do chocolate.
"Chocolate é rico em gordura, portanto, deve ser evitado, já que a gordura piora a TPM", alerta o ginecologista e obstetra Nilson Szylit, do Hospital Israelita Albert Einstein. Mas deixe de lado a paranóia: "Só um pouquinho não faz mal", diz ele.
Casos graves
As mulheres que conseguem amenizar os sintomas e passar bem pelo período da TPM mudando alguns hábitos são maioria. No entanto, entre 5% e 8% dos casos, sintomas são severos e interferem de forma decisiva em suas vidas, nos relacionamentos com a família, com os amigos e no trabalho.
"Para o tratamento de mulheres que sofrem de TPM severa, muitas vezes, são receitados medicamentos de acordo com cada caso, desde analgésicos potentes para as cefaléias até antidepressivos para as que têm sintomas de tristeza profunda", afirma Mara Diegoli.
Quando os sintomas psíquicos são muito intensos, nada mais recomendado do que ter cuidado com o que se fala e o que se faz. "Quem sofre com a síndrome deve lembrar que a TPM passa, mas as conseqüências podem durar a vida toda", diz a psicóloga Maria Regina Domingues de Azevedo.
A famosa irritabilidade das mulheres na TPM pode ser responsável por muitos transtornos. "Uma vez, quase perdi uma amiga por uma briga boba. Acabei sendo muito grossa com ela e, quando me dei conta de que eu tinha passado dos limites por conta da TPM, fui pedir desculpas. Ela, para minha sorte, compreendeu e perdoou", conta a revisora Cristina Menegocci Losano, 22 anos, que tem TPM há dez.
A ex-BBB Jaqueline Khury conta que sofre com suas alterações de humor. "Já terminei namoro por causa de TPM, mas voltava no dia seguinte. Minha família nem liga mais quando tenho aquele estresse porque depois me arrependo de tudo", conta.
Papel da família
Receber o apoio de familiares é fundamental no período. É fato que a mulher fica mais sensível dias antes de menstruar. Isso ocorre porque os níveis de serotonina, substância associada ao humor e ao bem-estar, diminuem. E, nessa hora, nada mais desagradável do que ironias, risinhos ou grosserias.
De acordo com a psicóloga Maria Regina, a reação negativa da família aumenta em até quatro vezes a probabilidade de a adolescente enfrentar TPM. "Em muitos casos, a falta de compreensão por parte de familiares faz com que a mulher tenha os sintomas ainda mais acentuados."
M.B., 35 anos, é há algumas semanas paciente do Centro de Apoio à Mulher com TPM. Há 11 anos, ela chegou a procurar um psicólogo para tentar tratar seus sintomas, que são intensos, mas acabou desistindo por falta de apoio. "Meu marido --na época em que procurei ajuda pela primeira vez eu era casada-- dizia que eu era louca. A família não entende a gente. Minha mãe também não me leva a sério. Sem o apoio familiar, tudo fica mais difícil. Acabei me isolando", conta.
Menstruar ou não?
Se não menstruarmos, não teremos TPM, certo? Certo. Mas interromper a menstruação não é consenso entre os médicos. Para o médico baiano Elsimar Coutinho, autor do livro "Menstruação, a Sangria Inútil", não existe desvantagem em parar de menstruar. "Antigamente, como a mulher tinha muitos filhos, ela tinha menos ciclos, chegava a ter entre 40 e 50. Hoje em dia, mesmo a que tem apenas um filho chega a ter 400 ciclos. Quanto maior o número de ciclos menstruais, maior o risco de a mulher se tornar infértil, além de poder ter câncer", afirma Coutinho.
Discípulo do baiano, o ginecologista Malcolm Montgomery segue a mesma linha, e ambos utilizam um método de implante de hormônios nas nádegas para a suspensão da menstruação. "Se a mulher não menstruar, não vai ter TPM, mas, se chegar ao meu consultório querendo parar de menstruar por causa disso, vou analisar o caso e ver se não há outra alternativa", afirma Montgomery.
Sintomas como inchaço, enjôos, dor de cabeça e irritabilidade eram constantes para a atriz Carla Regina, atualmente na novela "Os Mutantes" (Record). Há três anos, ela colocou o implante de Montgomery, com quem namora. "Como trabalho com TV, o inchaço sempre me prejudicou bastante. No entanto, antes do implante, já cuidava da alimentação", diz.
Outros métodos anticoncepcionais, como DIU, pílula de uso contínuo, injeção de progesterona e implante subcutâneo no braço também acabam com a menstruação. Para Mara Diegoli, a interrupção da menstruação só deve ser indicada em último caso. "Todos os medicamentos que interrompem a menstruação têm efeitos colaterais. Aconselho a tratar o problema de outras formas e, só em último caso, interromper a menstruação", alerta a médica
Tipos de TPM determinam alimentos benéficos e prejudiciais; veja lista
ERIKA MORAISda Revista da Hora
Já foram descritos mais de 150 sintomas da TPM, mas os mais freqüentes são:
- Irritabilidade ou nervosismo- Ansiedade- Tensão- Depressão- Tristeza- Dor de cabeça ou enxaqueca- Choro fácil ou sem motivo aparente- Desânimo- Cansaço- Dor ou inchaço nas mamas, nas pernas e na barriga- Aumento de apetite- Vontade incontrolável de comer algo doce- Insônia- Agressividade- Confusão ou esquecimento- Dores no corpo- Prisão de ventre- Diminuição da libido
Veja qual é o seu tipo de TPM e como lidar com ele*
TIPO A - Ansiosa
Principais sintomas- Ansiedade- Irritabilidade- Oscilações do humor
Alimentos que devem ser evitados- Café- Refrigerantes à base de cola- Laticínios- Chocolate- Álcool
Alimentos que podem ajudarOs que são ricos em vitamina B6. O nutriente está relacionado à produção de serotonina, substância gerada pelo nosso corpo e responsável pela sensação de bem-estar. Pães à base de farinha integral são uma ótima fonte de vitamina B6
Exercícios indicadosIogaAlongamento
TIPO C - Louca por doces
Principais sintomas- Compulsão por açúcar- Fadiga- Dor de cabeça
Alimentos que devem ser evitados- Açúcar- Chocolate- Álcool- Frutas muito doces
Alimentos que podem ajudar
Para cortar aquela vontade louca de comer um docinho, opte por algum carboidrato complexo agregado a uma proteína, como uma fatia de pão integral com peito de peruExercícios indicadosCaminhadaNataçãoHidroginástica
TIPO D - Depressiva
Principais sintomas- Depressão- Confusão- Insônia- Perda de memória
Alimentos que devem ser evitados- Laticínios- Álcool
Alimentos que podem ajudar
Embora, em geral, a cafeína seja contra-indicada para quem tem TPM, ela pode ajudar a levantar o astral de mulheres que ficam muito deprimidas graças às suas propriedades psicoativas. Uma xícara de café dá uma boa reanimada, mas não vale ficar dependente desse recurso e tomar "baldes" ao longo do dia
Exercícios indicados- Atividades aeróbicas em grupo, como dança ou lutas marciais
TIPO H - Inchada
Principais sintomas- Inchaço- Ganho de peso- Seios doloridos
Alimentos que devem ser evitados- Sal- Laticínios
Alimentos que podem ajudar
Frutas com bastante água, como melancia, melão e tangerina. Tomar água-de-coco também é ótimo
Exercícios indicados- Caminhada- Natação- Hidroginástica
* Normalmente, existe a predominância de um dos quatro tipos, mas é possível que haja sintomas de outros no mesmo ciclo
Fonte: Rita Lobo, autora do livro "Culinária para Bem Estar, receitas anti-TPM", e diretora do site www.panelinha.com.br
Veja como amenizar os sintomas da TPM leve a moderada
ERIKA MORAISda Revista da Hora
Só um médico pode indicar o melhor tratamento para a TPM. No entanto, em casos leves ou moderados, as dicas abaixo podem ajudar.
1 - Aprenda a se conhecer
Nos dias que antecederem a menstruação, passe a se policiar. Agora ficou muito fácil, pois você já pode prever as mudanças que ocorrem no seu comportamento. Antes de qualquer reação da qual possa se arrepender depois, pare e pense. Se puder, saia e caminhe, faça compras ou vá ao cinema. Se preferir, aproveite para fazer alguma arrumação
2 - Faça exercícios
Os exercícios físicos podem ser úteis no tratamento da TPM porque reduzem a tensão, a depressão e melhoram a auto-estima. Embora qualquer exercício físico possa aliviar a TPM, os que melhor atingem esse objetivo são os aeróbicos, mas, se você não está acostumada a fazer exercícios, comece com as atividades menos cansativas. Andar é fácil e eficaz
3 - Perca alguns minutos a mais se arrumando
Uma roupa mais alegre e jovial e um rosto com uma pintura discreta deixarão você mais bonita e se sentindo mais autoconfiante. Mesmo que não pretenda sair de casa, arrume-se para esperar seu marido/namorado ou seus filhos. Nunca descuide da sua aparência. A auto-estima geralmente fica baixa no período pré-menstrual. Elevá-la é fundamental, pois você terá mais disposição para tudo e não se sentirá tão mal
4 - Elimine o pessimismo
Aprenda a ter pensamentos otimistas. Alguns dias antes da menstruação, é freqüente você acordar pessimista, rancorosa, triste e sem esperança? Afaste o pessimismo tão logo ele apareça. Tente pensar de forma positiva
5 - Cuidados com a dieta
A dieta deve ser equilibrada, com pouco açúcar e muita vitamina. Algumas regras básicas devem ser obedecidas:
- Faça pequenas refeições ao dia ao invés de três grandes- Limite a ingestão de calorias a 1.500 a 2.000 ao dia- Coma mais verduras e frutas- Evite tomar café e seus derivados, pois eles agravam a TPM- Reduza o sal da comida. Isso reduzirá o inchaço e conseqüentemente, os sintomas físicos, tais como dores nas pernas, nas mamas e na barriga- Evite doces. A ingestão de açúcar causa retenção de sal e água. Algumas mulheres podem se sentir aliviadas ao ingerir chocolates ou outros doces, apresentando melhora rápida da depressão e da ansiedade. No entanto, o benefício é temporário- Fuja do álcool. A ansiedade, a depressão e a diminuição da auto-estima podem acarretar aumento da ingestão do álcool no período pré-menstrual, o que, obviamente, nunca faz bem- Consuma, de preferência, alimentos que atuem como diuréticos, isso é, que façam o organismo eliminar mais água, tais como: morango, melancia, alcachofra, aspargo, salsa e agrião
6 - Alivie a tensão conversando
Conversar ajuda a reduzir a tensão e a enxergar o problema com mais clareza. Fale com seu marido, seus filhos ou seus amigos sobre o que está sentindo. Assim, eles poderão ajudá-la não só evitando situações de atrito mas também no desempenho das tarefas
7 - Execute uma coisa de cada vez
Durante os dias em que estiver com TPM, concentre-se nas tarefas mais importantes e adie as demais. Se achar que não pode deixar nada de lado, reflita: tem certeza de que não está superestimando a importância das coisas que faz?
8 - Faça mais sexo
A relação sexual, quando seguida de orgasmo, não somente reduz a tensão mas também a irritabilidade e a congestão pélvica
Fonte: Mara Diegoli, coordenadora do Centro de Apoio à Mulher com TPM, do Hospital das Clínicas (www.maradiegoli.com.br)
Empresas ajudam funcionárias que têm TPM crônica
MÁRCIO PINHOCLÁUDIA COLLUCCIda Folha de S.Paulo
No auge da TPM, uma auxiliar de enfermagem sentia prazer em espetar a veia dos pacientes, uma executiva demitia funcionários sem piedade e uma atendente de telemarketing deixava os clientes esperando na linha inutilmente.
As situações acima foram relatadas a médicos durante um tipo de programa que ganha corpo no mundo empresarial: a prevenção coletiva dos distúrbios relacionados ao ciclo hormonal, especialmente a conhecida tensão pré-menstrual.
Em empresas onde trabalham majoritariamente mulheres, os especialistas já encontraram 40% da força de trabalho sofrendo de TPM e outras moléstias de sintomas parecidos, como a SIM (síndrome intermenstrual, uma espécie de TPM no período da ovulação).
"As empresas se moldaram para receber homens e ainda não sabem como acolher mulheres", diz o ginecologista e obstetra Eliezer Berenstein, que faz um programa de minimização da TPM em empresas. Entre as instituições que adotaram a idéia, ele cita o Banco Real, a Avon e o Hospital São Luiz, em São Paulo.
Neste último, as funcionárias Marcia Regina da Silva, 38, Edivânia de Sousa, 42, e Darcy Sampaio, 48, são algumas das que se beneficiaram com o programa. "Eram dias terríveis. Parecia uma panela de pressão", diz Márcia, enfermeira obstetra, que conseguiu amenizar a TPM com atividade física e veto ao chocolate.
Darcy, secretária, também lembra dos maus-bocados que passou no auge da TPM. "Todo mundo percebia que eu não estava bem. Ficava irritada, com dor de cabeça, inchada", conta.
O programa realizado por Berenstein passa pela fase de diagnóstico, sendo identificadas funcionárias com TPM e outras alterações por meio de questionários específicos e anônimos. São ministradas palestras de conscientização.
Depois, a empresa recebe um relatório sobre os problemas hormonais das funcionárias e um plano terapêutico, que pode ser coletivo ou individual.
No coletivo, as dicas são gerais --sobre a importância de evitar alimentos como café e refrigerantes antes da menstruação, por exemplo.
A relação existente entre TPM e problemas no trabalho é um dos motivos que têm levado não só as empresas a procurar esse tipo de serviço como também as próprias funcionárias.
A professora de Pilates Alessandra Paulitsch, 26, conta que procurou tratamento porque ficava de mau humor e indisposta nos dias de TPM. "Isso prejudicava o meu trabalho. Não tinha a energia e a disposição comum de sempre. Os sete dias antes da menstruação eram bastante complicados.
Faltas
Pesquisas já mostraram que mulheres que sofrem com a tensão pré-menstrual faltam em média o dobro. Segundo o Centro de Apoio à Mulher com TPM do Hospital das Clínicas de São Paulo, cerca de 8% das pacientes que procuram o serviço relatam sintomas que as fizeram perder o emprego ou terminar o relacionamento. Dentre as queixas mais comuns das que pediram demissão ou foram demitidas estão irritabilidade e depressão.
No Hospital São Luiz, por exemplo, todo mês em média 120 funcionárias faltavam em razão dos distúrbios hormonais, segundo o ginecologista Alberto D'Auria --que coordenou o trabalho de detecção e tratamento da TPM. "Além da tensão, existe comprovadamente uma queda do sistema auto-imune nesse período."
Mulheres adiam ciclo para evitar a TPM no trabalho
MÁRCIO PINHO CLÁUDIA COLLUCCIda Folha de S.Paulo
Em favor do trabalho e para evitar que os compromissos profissionais sejam prejudicados por alterações físicas e emocionais da TPM, mulheres estão manipulando o ciclo menstrual ou simplesmente abrindo mão da menstruação.
Para conseguir isso, aderem a técnicas que vão desde o uso de simples anticoncepcionais até implantes hormonais.
O caminho tem sido adotado por mulheres que tentaram sem sucesso combater a TPM com o tratamento padrão --antidepressivos conhecidos como inibidores da recaptação da serotonina-- e pelas que buscam encerrar a menstruação.
Uma das técnicas usadas é a pílula, já conhecida de quem queria adiar a menstruação para ir à praia, para casar ou por atletas antes de competições.
É o caso da agente de viagens Amanda Schmal, 29, que costuma "dobrar a cartela" quando calcula que estará com TPM ou menstruada nas reuniões de trabalho que faz com representantes de companhias aéreas.
"Temos uma ou duas reuniões por mês em que negociamos os pacotes para os turistas. Se fico de mau humor, com as pernas cansadas, as coisas tendem a não sair tão bem quanto em dias normais", afirma ela, que também inicia uma nova cartela sem interrupções quando viaja a trabalho para os EUA.
Ela diz considerar o método "mais natural" e que poderá deixar seu organismo mais preparado para a gravidez.
Pílulas
Já a artista plástica Marília Fayh Paulitsch, 51 anos, foi uma das que aderiram às pílulas com o objetivo de interromper permanentemente a menstruação.
"Costumo fazer viagens longas e levo peças de escultura. Era um incômodo muito grande ter que viajar de TPM. Ficava irritada. Sentia dores e não conseguia trabalhar direito."
A artista, que vive em Porto Alegre, conta que primeiro tratou a TPM com remédios, o que não funcionou. Depois, passou a tomar a pílula tradicional --mas, como a garantia de evitar a menstruação "não era 100%", passou a adotar pílulas específicas para não menstruar mais.
O caminho foi seguido por sua filha, a professora de pilates Alessandra Paulitsch, 26, que tinha seu rendimento prejudicado em razão da falta de disposição. A diferença foi que, vendo os resultados da mãe, Alessandra não tentou tratar a TPM com antidepressivos e de cara atacou a menstruação.
Implantes
Também para acabar com a menstruação e evitar seus inconvenientes na vida profissional, as mulheres têm aderido a técnicas como implantes.
A produtora de eventos Cláudia Silva, 37, por exemplo, aderiu a um deles porque tinha cólicas muito fortes em razão da TPM, além de náusea e dor de cabeça. "Faltava bastante, quando tinha muita dor, tinha que ir embora para casa. Já uso essa técnica há oito anos e faço aplicações que duram um ano."
Ela diz que parar de ter esses sintomas foi fundamental para sua carreira. "Há dias em que viro trabalhando e preciso estar com disposição", diz.
Como ela, a técnica vem sendo adotada por inúmeras modelos com o objetivo, entre outros, de não perder desfiles e outros trabalhos. Entre as famosas que já aderiram ao implante estão Ana Hickmann, Emanuela de Paula e Ana Claudia Michels.
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