quinta-feira, 30 de outubro de 2008

30/10/2008 - 15h41
Estudantes e professores protestam em Roma contra lei de educação
da Efe, em Roma
Estudantes e professores fizeram uma passeata nesta quinta-feira em Roma pedindo a renúncia da ministra da Educação Mariastella Gelmini e a anulação da lei de autoria do governo aprovada ontem pelo Senado italiano que, entre outros tópicos, reduz em mais de 8 bilhões de euros (cerca de R$ 21,7 bilhões) o orçamento das escolas públicas.
Segundo os organizadores, o ato reuniu 1 milhão de pessoas. Outras cidades italianas, como Florência, também foram palco de protestos de estudantes nesta quinta. Alguns cartazes usados na manifestação representavam Gelmini com um machado, em referência a este corte de orçamento.
Outros afirmavam que a mobilização pretendia defender o futuro dos estudantes, enquanto alguns perguntavam "Onde foi parar o dinheiro da escola?" e "A escola? Presente. Gelmini incompetente".
Políticos de oposição ao primeiro-ministro Silvio Berlusconi também participaram do ato, entre eles o líder do Partido Democrata (PD), Walter Veltroni, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Fausto Bertinotti e o principal nome do partido Itália dos Valores, Antonio Di Pietro.
Além do orçamento das escolas públicas como um todo, a lei de educação, em sua parte financeira, prevê cortes de mais de 87 mil postos de trabalho de docentes, bloqueio de contratos de professores temporários e redução de 44,5 mil empregos administrativos.
Nos aspectos acadêmicos e administrativos, ela estipula a volta ao colégio do mestre único, fechamento de colégios em locais isolados, aumento de estudantes por classe, redução de horas letivas e introdução da nota de conduta.
A manifestação terminou sem distúrbios, mas a polícia precisou bloquear o tráfego em grande parte da cidade, obrigando os transportes públicos a modificarem seus trajetos.
29/10/2008 - 13h11
Reforma educacional leva milhares de estudantes às ruas na Itália colaboração para a Folha Online
Milhares de estudantes foram às ruas de várias cidades italianas nesta quarta-feira para protestar contra a aprovação no Senado da reforma educacional proposta pelo governo do primeiro-ministro Silvio Berlusconi. A principal manifestação aconteceu em Roma, onde os estudantes entraram em confronto com a polícia na Piazza Navona.
Segundo o site do jornal "La Repubblica", quatro pessoas --três estudantes e uma policial-- ficaram feridas e foram levadas ao hospital. Outros 14 estudantes foram presos, conforme informou a polícia. Os estudantes também bloquearam ruas, estações de trem e escolas nas cidades de Milão, Nápoles, Florença e Trieste.
Com 162 votos a favor, 134 contra e três abstenções, o Senado deu o sim definitivo para a reforma--que já tinha sido aprovada na Câmara dos Deputados-- após várias sessões de disputa acirrada entre representantes do governo e da oposição.
Reforma
A reforma foi proposta pela ministra da Educação da Itália, Mariastella Gelmini e já havia sido amplamente rejeitada por estudantes e professores. A oposição e os estudantes exigiam a retirada do texto, que estabelece a introdução de uma nota de conduta como requisito para aprovação nas disciplinas.
A medida também prevê o fechamento de 86 mil postos de trabalho, de professores e funcionários, nos próximos três anos. No ensino primário, haverá apenas um professor para todas as disciplinas, exceto informática, inglês e religião.
Outros motivos para a falta de acordo com os estudantes e com os pais dos alunos é o fechamento de muitas escolas que estão em lugares isolados, o aumento de estudantes por turma e a redução da carga horária letiva (das 40 horas semanais para 24).
O plano prevê também um corte de 8 bilhões de euros (R$ 23 bilhões) dos gastos do governo no ensino superior.
Protestos
Os protestos acontecem em toda a Itália há algumas semanas, em manifestações, greves, ocupação temporária de salas de aula e também de instalações públicas, como estações de trem. Muitas escolas fizeram aulas nas ruas ou em locais emblemáticos, como o Coliseu. Está prevista para amanhã uma greve geral de professores, estudantes e funcionários.
Nesta quarta-feira, deputados de partidos da oposição se dirigiram aos estudantes reunidos em frente ao Senado para darem seu apoio a eles no protesto. Parlamentares do partido Itália dos Valores (IdV), se mostraram favoráveis à convocação de um plebiscito sobre a norma.
A ministra da Educação afirmou que a reforma tem apoio da maioria dos italianos. Ela disse que as medidas irão trazer de volta às escolas a seriedade e o mérito. Anunciou também que divulgará na próxima semana outras medidas para o ensino superior.
Com Efe e France Presse
TPM

Conhecimento, sexo e distância de certos alimentos podem aliviar TPM
ERIKA MORAISda Revista da Hora

Cólica, inchaço, dor de cabeça ou nas pernas. Quem nunca sofreu as conseqüências de uma TPM que atire a primeira pedra. A tensão pré-menstrual, mais conhecida por sua sigla, causa transtornos a cerca de 80% das mulheres e, na maioria dos casos, também a quem convive com elas.
A TPM é até considerada frescura, e a má notícia é que não há cura para ela. Mas há, sim, maneiras de driblar essa síndrome, que pode se manifestar na forma de até 150 sintomas, entre cerca de dez dias antes da menstruação e o fim do sangramento.
A TPM chega sem avisar. Não há uma idade certa para ela aparecer. "Antes, falava-se que as mulheres afetadas tinham, principalmente, entre 20 e 30 anos ou simplesmente estavam em idade fértil. Hoje, sabemos que não é assim. Em minhas pesquisas, vi que 63% das jovens entre 15 e 17 anos sofrem com TPM", afirma a psicóloga Maria Regina Domingues de Azevedo, da Faculdade de Medicina do ABC, que analisou em sua tese de doutorado as influências dos fatores individuais e socioculturais na TPM de adolescentes. Também não há uma única causa, mas um conjunto que faz com que mulheres sofram em níveis de intensidade diferentes.
De acordo com a ginecologista Mara Diegoli, coordenadora do Centro de Apoio à Mulher com TPM, do Hospital das Clínicas, entre os fatores que provocam a TPM, cinco são fundamentais: a hereditariedade, a queda dos níveis de serotonina (substância que provoca a sensação de bem-estar), alterações hormonais, aumento na produção de prostaglandinas (substâncias que, quando produzidas em grande quantidade, podem provocar dor e inchaço) e fatores externos, como estresse ou uso de medicamentos.
Tipos
O primeiro passo para atravessar bem esse período pode ser descobrir qual é o seu tipo predominante de TPM: ansiosa, louca por doces, depressiva ou inchada. Também é importante avaliar a intensidade para saber como deve ser o tratamento.
Em casos leves ou moderados, evitar determinados alimentos e fazer exercícios físicos pode ajudar. Caminhada, alongamento, natação, hidroginástica, ioga e dança são atividades que sempre ajudam a combater os sintomas. "É bom lembrarmos que o sexo também é muito saudável e recomendado, afinal, trata-se de um exercício físico. Além disso, no sexo feito com carinho, a mulher se sente amada, e isso ajuda a melhorar a TPM", afirma Mara Diegoli.
Algumas mulheres também tendem a ter muita fome durante o período, por isso, o cuidado com a alimentação deve ser redobrado. Por mais difícil que seja, nada de sair comendo tudo o que vê pela frente. Você não vai querer ficar muito acima do peso e, de quebra, com sintomas depressivos. E nada de abusar do chocolate.
"Chocolate é rico em gordura, portanto, deve ser evitado, já que a gordura piora a TPM", alerta o ginecologista e obstetra Nilson Szylit, do Hospital Israelita Albert Einstein. Mas deixe de lado a paranóia: "Só um pouquinho não faz mal", diz ele.
Casos graves
As mulheres que conseguem amenizar os sintomas e passar bem pelo período da TPM mudando alguns hábitos são maioria. No entanto, entre 5% e 8% dos casos, sintomas são severos e interferem de forma decisiva em suas vidas, nos relacionamentos com a família, com os amigos e no trabalho.
"Para o tratamento de mulheres que sofrem de TPM severa, muitas vezes, são receitados medicamentos de acordo com cada caso, desde analgésicos potentes para as cefaléias até antidepressivos para as que têm sintomas de tristeza profunda", afirma Mara Diegoli.
Quando os sintomas psíquicos são muito intensos, nada mais recomendado do que ter cuidado com o que se fala e o que se faz. "Quem sofre com a síndrome deve lembrar que a TPM passa, mas as conseqüências podem durar a vida toda", diz a psicóloga Maria Regina Domingues de Azevedo.
A famosa irritabilidade das mulheres na TPM pode ser responsável por muitos transtornos. "Uma vez, quase perdi uma amiga por uma briga boba. Acabei sendo muito grossa com ela e, quando me dei conta de que eu tinha passado dos limites por conta da TPM, fui pedir desculpas. Ela, para minha sorte, compreendeu e perdoou", conta a revisora Cristina Menegocci Losano, 22 anos, que tem TPM há dez.
A ex-BBB Jaqueline Khury conta que sofre com suas alterações de humor. "Já terminei namoro por causa de TPM, mas voltava no dia seguinte. Minha família nem liga mais quando tenho aquele estresse porque depois me arrependo de tudo", conta.
Papel da família
Receber o apoio de familiares é fundamental no período. É fato que a mulher fica mais sensível dias antes de menstruar. Isso ocorre porque os níveis de serotonina, substância associada ao humor e ao bem-estar, diminuem. E, nessa hora, nada mais desagradável do que ironias, risinhos ou grosserias.
De acordo com a psicóloga Maria Regina, a reação negativa da família aumenta em até quatro vezes a probabilidade de a adolescente enfrentar TPM. "Em muitos casos, a falta de compreensão por parte de familiares faz com que a mulher tenha os sintomas ainda mais acentuados."
M.B., 35 anos, é há algumas semanas paciente do Centro de Apoio à Mulher com TPM. Há 11 anos, ela chegou a procurar um psicólogo para tentar tratar seus sintomas, que são intensos, mas acabou desistindo por falta de apoio. "Meu marido --na época em que procurei ajuda pela primeira vez eu era casada-- dizia que eu era louca. A família não entende a gente. Minha mãe também não me leva a sério. Sem o apoio familiar, tudo fica mais difícil. Acabei me isolando", conta.
Menstruar ou não?
Se não menstruarmos, não teremos TPM, certo? Certo. Mas interromper a menstruação não é consenso entre os médicos. Para o médico baiano Elsimar Coutinho, autor do livro "Menstruação, a Sangria Inútil", não existe desvantagem em parar de menstruar. "Antigamente, como a mulher tinha muitos filhos, ela tinha menos ciclos, chegava a ter entre 40 e 50. Hoje em dia, mesmo a que tem apenas um filho chega a ter 400 ciclos. Quanto maior o número de ciclos menstruais, maior o risco de a mulher se tornar infértil, além de poder ter câncer", afirma Coutinho.
Discípulo do baiano, o ginecologista Malcolm Montgomery segue a mesma linha, e ambos utilizam um método de implante de hormônios nas nádegas para a suspensão da menstruação. "Se a mulher não menstruar, não vai ter TPM, mas, se chegar ao meu consultório querendo parar de menstruar por causa disso, vou analisar o caso e ver se não há outra alternativa", afirma Montgomery.
Sintomas como inchaço, enjôos, dor de cabeça e irritabilidade eram constantes para a atriz Carla Regina, atualmente na novela "Os Mutantes" (Record). Há três anos, ela colocou o implante de Montgomery, com quem namora. "Como trabalho com TV, o inchaço sempre me prejudicou bastante. No entanto, antes do implante, já cuidava da alimentação", diz.
Outros métodos anticoncepcionais, como DIU, pílula de uso contínuo, injeção de progesterona e implante subcutâneo no braço também acabam com a menstruação. Para Mara Diegoli, a interrupção da menstruação só deve ser indicada em último caso. "Todos os medicamentos que interrompem a menstruação têm efeitos colaterais. Aconselho a tratar o problema de outras formas e, só em último caso, interromper a menstruação", alerta a médica
Tipos de TPM determinam alimentos benéficos e prejudiciais; veja lista
ERIKA MORAISda Revista da Hora
Já foram descritos mais de 150 sintomas da
TPM, mas os mais freqüentes são:
- Irritabilidade ou nervosismo- Ansiedade- Tensão- Depressão- Tristeza- Dor de cabeça ou enxaqueca- Choro fácil ou sem motivo aparente- Desânimo- Cansaço- Dor ou inchaço nas mamas, nas pernas e na barriga- Aumento de apetite- Vontade incontrolável de comer algo doce- Insônia- Agressividade- Confusão ou esquecimento- Dores no corpo- Prisão de ventre- Diminuição da libido
Veja qual é o seu tipo de TPM e como lidar com ele*
TIPO A - Ansiosa
Principais sintomas- Ansiedade- Irritabilidade- Oscilações do humor
Alimentos que devem ser evitados- Café- Refrigerantes à base de cola- Laticínios- Chocolate- Álcool
Alimentos que podem ajudarOs que são ricos em vitamina B6. O nutriente está relacionado à produção de serotonina, substância gerada pelo nosso corpo e responsável pela sensação de bem-estar. Pães à base de farinha integral são uma ótima fonte de vitamina B6
Exercícios indicadosIogaAlongamento
TIPO C - Louca por doces
Principais sintomas- Compulsão por açúcar- Fadiga- Dor de cabeça
Alimentos que devem ser evitados- Açúcar- Chocolate- Álcool- Frutas muito doces
Alimentos que podem ajudar

Para cortar aquela vontade louca de comer um docinho, opte por algum carboidrato complexo agregado a uma proteína, como uma fatia de pão integral com peito de peruExercícios indicadosCaminhadaNataçãoHidroginástica
TIPO D - Depressiva
Principais sintomas- Depressão- Confusão- Insônia- Perda de memória
Alimentos que devem ser evitados- Laticínios- Álcool
Alimentos que podem ajudar

Embora, em geral, a cafeína seja contra-indicada para quem tem TPM, ela pode ajudar a levantar o astral de mulheres que ficam muito deprimidas graças às suas propriedades psicoativas. Uma xícara de café dá uma boa reanimada, mas não vale ficar dependente desse recurso e tomar "baldes" ao longo do dia
Exercícios indicados- Atividades aeróbicas em grupo, como dança ou lutas marciais
TIPO H - Inchada
Principais sintomas- Inchaço- Ganho de peso- Seios doloridos
Alimentos que devem ser evitados
- Sal- Laticínios
Alimentos que podem ajudar

Frutas com bastante água, como melancia, melão e tangerina. Tomar água-de-coco também é ótimo
Exercícios indicados- Caminhada- Natação- Hidroginástica
* Normalmente, existe a predominância de um dos quatro tipos, mas é possível que haja sintomas de outros no mesmo ciclo
Fonte: Rita Lobo, autora do livro "Culinária para Bem Estar, receitas anti-TPM", e diretora do site
www.panelinha.com.br

Veja como amenizar os sintomas da TPM leve a moderada
ERIKA MORAISda Revista da Hora
Só um médico pode indicar o melhor tratamento para a
TPM. No entanto, em casos leves ou moderados, as dicas abaixo podem ajudar.
1 - Aprenda a se conhecer

Nos dias que antecederem a menstruação, passe a se policiar. Agora ficou muito fácil, pois você já pode prever as mudanças que ocorrem no seu comportamento. Antes de qualquer reação da qual possa se arrepender depois, pare e pense. Se puder, saia e caminhe, faça compras ou vá ao cinema. Se preferir, aproveite para fazer alguma arrumação
2 - Faça exercícios

Os exercícios físicos podem ser úteis no tratamento da TPM porque reduzem a tensão, a depressão e melhoram a auto-estima. Embora qualquer exercício físico possa aliviar a TPM, os que melhor atingem esse objetivo são os aeróbicos, mas, se você não está acostumada a fazer exercícios, comece com as atividades menos cansativas. Andar é fácil e eficaz
3 - Perca alguns minutos a mais se arrumando

Uma roupa mais alegre e jovial e um rosto com uma pintura discreta deixarão você mais bonita e se sentindo mais autoconfiante. Mesmo que não pretenda sair de casa, arrume-se para esperar seu marido/namorado ou seus filhos. Nunca descuide da sua aparência. A auto-estima geralmente fica baixa no período pré-menstrual. Elevá-la é fundamental, pois você terá mais disposição para tudo e não se sentirá tão mal
4 - Elimine o pessimismo

Aprenda a ter pensamentos otimistas. Alguns dias antes da menstruação, é freqüente você acordar pessimista, rancorosa, triste e sem esperança? Afaste o pessimismo tão logo ele apareça. Tente pensar de forma positiva
5 - Cuidados com a dieta

A dieta deve ser equilibrada, com pouco açúcar e muita vitamina. Algumas regras básicas devem ser obedecidas:
- Faça pequenas refeições ao dia ao invés de três grandes- Limite a ingestão de calorias a 1.500 a 2.000 ao dia- Coma mais verduras e frutas- Evite tomar café e seus derivados, pois eles agravam a TPM- Reduza o sal da comida. Isso reduzirá o inchaço e conseqüentemente, os sintomas físicos, tais como dores nas pernas, nas mamas e na barriga- Evite doces. A ingestão de açúcar causa retenção de sal e água. Algumas mulheres podem se sentir aliviadas ao ingerir chocolates ou outros doces, apresentando melhora rápida da depressão e da ansiedade. No entanto, o benefício é temporário- Fuja do álcool. A ansiedade, a depressão e a diminuição da auto-estima podem acarretar aumento da ingestão do álcool no período pré-menstrual, o que, obviamente, nunca faz bem- Consuma, de preferência, alimentos que atuem como diuréticos, isso é, que façam o organismo eliminar mais água, tais como: morango, melancia, alcachofra, aspargo, salsa e agrião
6 - Alivie a tensão conversando

Conversar ajuda a reduzir a tensão e a enxergar o problema com mais clareza. Fale com seu marido, seus filhos ou seus amigos sobre o que está sentindo. Assim, eles poderão ajudá-la não só evitando situações de atrito mas também no desempenho das tarefas
7 - Execute uma coisa de cada vez

Durante os dias em que estiver com TPM, concentre-se nas tarefas mais importantes e adie as demais. Se achar que não pode deixar nada de lado, reflita: tem certeza de que não está superestimando a importância das coisas que faz?
8 - Faça mais sexo

A relação sexual, quando seguida de orgasmo, não somente reduz a tensão mas também a irritabilidade e a congestão pélvica
Fonte: Mara Diegoli, coordenadora do Centro de Apoio à Mulher com TPM, do Hospital das Clínicas (
www.maradiegoli.com.br
)


Empresas ajudam funcionárias que têm TPM crônica
MÁRCIO PINHOCLÁUDIA COLLUCCIda Folha de S.Paulo

No auge da TPM, uma auxiliar de enfermagem sentia prazer em espetar a veia dos pacientes, uma executiva demitia funcionários sem piedade e uma atendente de telemarketing deixava os clientes esperando na linha inutilmente.
As situações acima foram relatadas a médicos durante um tipo de programa que ganha corpo no mundo empresarial: a prevenção coletiva dos distúrbios relacionados ao ciclo hormonal, especialmente a conhecida tensão pré-menstrual.
Em empresas onde trabalham majoritariamente mulheres, os especialistas já encontraram 40% da força de trabalho sofrendo de TPM e outras moléstias de sintomas parecidos, como a SIM (síndrome intermenstrual, uma espécie de TPM no período da ovulação).
"As empresas se moldaram para receber homens e ainda não sabem como acolher mulheres", diz o ginecologista e obstetra Eliezer Berenstein, que faz um programa de minimização da TPM em empresas. Entre as instituições que adotaram a idéia, ele cita o Banco Real, a Avon e o Hospital São Luiz, em São Paulo.
Neste último, as funcionárias Marcia Regina da Silva, 38, Edivânia de Sousa, 42, e Darcy Sampaio, 48, são algumas das que se beneficiaram com o programa. "Eram dias terríveis. Parecia uma panela de pressão", diz Márcia, enfermeira obstetra, que conseguiu amenizar a TPM com atividade física e veto ao chocolate.
Darcy, secretária, também lembra dos maus-bocados que passou no auge da TPM. "Todo mundo percebia que eu não estava bem. Ficava irritada, com dor de cabeça, inchada", conta.
O programa realizado por Berenstein passa pela fase de diagnóstico, sendo identificadas funcionárias com TPM e outras alterações por meio de questionários específicos e anônimos. São ministradas palestras de conscientização.
Depois, a empresa recebe um relatório sobre os problemas hormonais das funcionárias e um plano terapêutico, que pode ser coletivo ou individual.
No coletivo, as dicas são gerais --sobre a importância de evitar alimentos como café e refrigerantes antes da menstruação, por exemplo.
A relação existente entre TPM e problemas no trabalho é um dos motivos que têm levado não só as empresas a procurar esse tipo de serviço como também as próprias funcionárias.
A professora de Pilates Alessandra Paulitsch, 26, conta que procurou tratamento porque ficava de mau humor e indisposta nos dias de TPM. "Isso prejudicava o meu trabalho. Não tinha a energia e a disposição comum de sempre. Os sete dias antes da menstruação eram bastante complicados.
Faltas
Pesquisas já mostraram que mulheres que sofrem com a tensão pré-menstrual faltam em média o dobro. Segundo o Centro de Apoio à Mulher com TPM do Hospital das Clínicas de São Paulo, cerca de 8% das pacientes que procuram o serviço relatam sintomas que as fizeram perder o emprego ou terminar o relacionamento. Dentre as queixas mais comuns das que pediram demissão ou foram demitidas estão irritabilidade e depressão.
No Hospital São Luiz, por exemplo, todo mês em média 120 funcionárias faltavam em razão dos distúrbios hormonais, segundo o ginecologista Alberto D'Auria --que coordenou o trabalho de detecção e tratamento da TPM. "Além da tensão, existe comprovadamente uma queda do sistema auto-imune nesse período."
Mulheres adiam ciclo para evitar a TPM no trabalho
MÁRCIO PINHO CLÁUDIA COLLUCCIda Folha de S.Paulo

Em favor do trabalho e para evitar que os compromissos profissionais sejam prejudicados por alterações físicas e emocionais da TPM, mulheres estão manipulando o ciclo menstrual ou simplesmente abrindo mão da menstruação.
Para conseguir isso, aderem a técnicas que vão desde o uso de simples anticoncepcionais até implantes hormonais.
O caminho tem sido adotado por mulheres que tentaram sem sucesso combater a TPM com o tratamento padrão --antidepressivos conhecidos como inibidores da recaptação da serotonina-- e pelas que buscam encerrar a menstruação.
Uma das técnicas usadas é a pílula, já conhecida de quem queria adiar a menstruação para ir à praia, para casar ou por atletas antes de competições.
É o caso da agente de viagens Amanda Schmal, 29, que costuma "dobrar a cartela" quando calcula que estará com TPM ou menstruada nas reuniões de trabalho que faz com representantes de companhias aéreas.
"Temos uma ou duas reuniões por mês em que negociamos os pacotes para os turistas. Se fico de mau humor, com as pernas cansadas, as coisas tendem a não sair tão bem quanto em dias normais", afirma ela, que também inicia uma nova cartela sem interrupções quando viaja a trabalho para os EUA.
Ela diz considerar o método "mais natural" e que poderá deixar seu organismo mais preparado para a gravidez.
Pílulas
Já a artista plástica Marília Fayh Paulitsch, 51 anos, foi uma das que aderiram às pílulas com o objetivo de interromper permanentemente a menstruação.
"Costumo fazer viagens longas e levo peças de escultura. Era um incômodo muito grande ter que viajar de TPM. Ficava irritada. Sentia dores e não conseguia trabalhar direito."
A artista, que vive em Porto Alegre, conta que primeiro tratou a TPM com remédios, o que não funcionou. Depois, passou a tomar a pílula tradicional --mas, como a garantia de evitar a menstruação "não era 100%", passou a adotar pílulas específicas para não menstruar mais.
O caminho foi seguido por sua filha, a professora de pilates Alessandra Paulitsch, 26, que tinha seu rendimento prejudicado em razão da falta de disposição. A diferença foi que, vendo os resultados da mãe, Alessandra não tentou tratar a TPM com antidepressivos e de cara atacou a menstruação.
Implantes
Também para acabar com a menstruação e evitar seus inconvenientes na vida profissional, as mulheres têm aderido a técnicas como implantes.
A produtora de eventos Cláudia Silva, 37, por exemplo, aderiu a um deles porque tinha cólicas muito fortes em razão da TPM, além de náusea e dor de cabeça. "Faltava bastante, quando tinha muita dor, tinha que ir embora para casa. Já uso essa técnica há oito anos e faço aplicações que duram um ano."
Ela diz que parar de ter esses sintomas foi fundamental para sua carreira. "Há dias em que viro trabalhando e preciso estar com disposição", diz.
Como ela, a técnica vem sendo adotada por inúmeras modelos com o objetivo, entre outros, de não perder desfiles e outros trabalhos. Entre as famosas que já aderiram ao implante estão Ana Hickmann, Emanuela de Paula e Ana Claudia Michels.
Doença do mau humor acomete três vezes mais mulheres do que homens
ERIKA MORAIS da Revista da Hora 23/09/2008 - 10h01

Se de uma hora para a outra, sem motivo aparente, você se pega reclamando de tudo e passa a maior parte do tempo de mau humor, com dificuldades em sentir prazer em atividades de rotina, sempre com cansaço e falta de energia, fique atento, você pode estar sofrendo de uma doença chamada distimia.
A distimia é um transtorno de humor, considerado um tipo de depressão leve que ocorre em cerca de 5% da população geral e acomete três vezes mais mulheres do que homens.
De acordo com Luiz Alberto Hetem, da Associação Brasileira de Psiquiatria, a doença se diferencia do mau humor comum, um sentimento que todos podemos sentir em diversos momentos de nossas vidas. "Na distimia, a pessoa fica mal-humorada, irritada, impaciente e com sintomas depressivos, como alteração no sono e no apetite, durante a maior parte do dia, por meses ou anos", afirma Hetem.
Para Ricardo Moreno, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, ficamos mal-humorados quando passamos por uma situação desagradável no trânsito, quando sentimos frio ou calor demais ou quando nos sentimos incomodados por alguma dor física. "O distímico é diferente, ele sente o mau humor, além de outros sintomas, sem motivo aparente e durante a maior parte do dia."
De acordo com os especialistas, os distímicos tendem a acreditar que o mau humor constante é apenas um traço de sua personalidade. "Por acreditarem que seu comportamento é normal, demoram a procurar ajuda", afirma Hetem. Para o psiquiatra, a demora em procurar um especialista pode levar os distímicos a uma depressão mais grave.
Tratamento
Os médicos afirmam que, em alguns casos, há possibilidade de cura. Em outros, porém, o tratamento é constante e sem previsão de término. "Isso depende de cada pessoa, mas o tratamento é feito por meio de medicamentos antidepressivos e psicoterapia, assim como em outros casos de depressão", conta Moreno
Quando o mau humor vira doença
Fique atento
É comum passar por situações que provocam o mau humor. A irritação e a impaciência vêm, por exemplo, quando estamos presos no trânsito, com calor ou frio demais ou quando sentimos uma dor forte. Mas quando a rabugice é predominante na maior parte do tempo e está associada a outros sintomas é sinal de que é necessário procurar um médico, pois pode se tratar de distimia
O que é Distimia ?É um transtorno do humor. É considerada um tipo de depressão leve. Se o mau humor é predominante durante a maior parte do dia e dura meses ou anos, a pessoa pode estar sofrendo de distimia. Mas apenas um profissional poderá dar o diagnóstico da doença e indicar o tratamento adequado
Sintomas
- Mau humor que dura a maior parte do dia
- Cansaço ou sensação de falta de energia
- Preocupação excessiva
- Alteração no sono e no apetite
- Baixa auto-estima, irritabilidade, negativismo desânimo e melancolia
- Mesmo as atividades mais simples passam a exigir muito esforço
- Dificuldade de sentir prazer com o dia-a-dia
- Dificuldade para se concentrar, tomar decisões e acompanhar o ritmo dos colegas de trabalho
- Insatisfação constante e tendência a supervalorizar acontecimentos negativos
Quem pode ter

- Pessoas de todas as idades
- Acomete de duas a três vezes mais mulheres do que homens
- É mais comum entre jovens adultos (entre 25 e 35 anos)
Pode provocar

- Isolamento social
- Problemas conjugais e familiares
- Queda no desempenho profissional e escolar
- Abuso de drogas e alcoolismo
Tratamento

Na maioria dos casos o tratamento é feito com o uso de medicamentos antidepressivos e com psicoterapia
Fontes: Luiz alberto Hetem, da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP); e Ricardo Moreno, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas
Internet empurra para mudança evolutiva do ser humano, diz cientista
Publicidade da Reuters
A internet não está apenas transformando a forma como as pessoas vivem, mas também alterando a maneira como o cérebro funciona, com uma mudança evolutiva que coloca o internauta em uma nova ordem social. Essa é definição de um estudo produzido pelo neurocientista da Universidade da Califórnia, Gary Small, especialista em função cerebral.
Apesar da tecnologia acelerar a aprendizagem e desenvolver a criatividade, o cientista afirma que a internet pode gerar problemas como a criação de amizades exclusivamente virtuais e o aumento de diagnósticos de DDA (Distúrbios do Déficit de Atenção).
Segundo Small, as pessoas que serão beneficiadas na próxima geração serão aquelas que conseguirem aliar habilidades sociais e tecnológicas. "Estamos vendo uma mudança evolutiva", diz.
O estudo com 24 adultos que usavam a web descobriu que os usuários mais experientes mostraram o dobro da atividade cerebral em áreas que controlam a tomada de decisões e de raciocínio.
"Nós estamos mudando o ambiente. O jovem médio já gasta nove horas por dia expondo seu cérebro à tecnologia", afirma.
Small explica que existem medidas que podem resolver o problema da perda do contato humano e da capacidade de ler expressões emocionais e linguagem corporal. "Uma delas é diminuir o tempo com a tecnologia e ter um jantar em família, por exemplo, para encontrar um equilíbrio."

EUA devem aumentar alertas sobre efeitos de remédio antifumo da Pfizer
Publicidade 23/10/2008 - 11h13 da Folha Online

O FDA (agência reguladora de produtos alimentícios e farmacêuticos nos EUA) deve elevar os alertas sobre os efeitos do Chantix (vendido no Brasil como Champix), depois que pesquisadores norte-americanos indicaram que o medicamento para inibir a vontade de fumar produzido pela Pfizer pode causar lesões e até levar à morte.
Em comunicado enviado ao jornal "The Wall Street Journal", a agência afirma que está revendo se os atuais alertas de acidentes após o uso do remédio são adequados.
Nesta quarta-feira (22), uma pesquisa divulgada pela Universidade Wake Forest e o ISMP (Institute for Safe Medication Practices) afirma que foram registrados mais de mil problemas de saúde e lesões no primeiro trimestre deste ano em doentes que tomavam o medicamento, incluindo 50 mortes.
Os cientistas analisaram dados de pós-comercialização submetidos à FDA de pessoas que utilizaram a droga, que foi aprovada para venda em 2006. No Brasil, o produto foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Procurado pela reportagem nesta quinta-feira (23), o órgão brasileiro não se pronunciou sobre o assunto.
Em maio deste ano, pesquisadores relataram o primeiro aumento de acidentes graves relacionados ao medicamento, como problemas na visão e cardíacos.
Na nota, o FDA diz que "há registros de acidentes, incluindo de trânsito", e informa que "está revendo esses registros para verificar se as atuais indicações de acidentes após o uso de vareniclina são adequadas".
Ontem, em comunicado, a Pfizer afirmou que está ciente dos tipos de riscos analisados, mas disse que os relatórios são inconclusivos. Para a empresa, o Champix é seguro e eficaz quando utilizado corretamente.
O diretor médico da subsidiária brasileira, João Fittipaldi, afirma que o medicamento é seguro e só deve ser utilizado com prescrição e acompanhamento médico. "É um produto que trata de um vício. Mesmo quando se pára de fumar sem o uso de medicamento, [a pessoa] pode apresentar uma série de alterações físicas e comportamentais", afirmou Fittipaldi.
O próprio Champix alerta que pode causar depressão, comportamento suicida, agitação e outras atividades incomuns.
Acordo ortográfico - algumas observações.
Dupla grafia
A unificação na ortografia não será total. Como privilegiou mais critérios fonéticos (pronúncia) em lugar de etimológicos (origem), para algumas palavras será permitida a dupla grafia.
Isso ocorre principalmente em paroxítonas cuja entonação entre brasileiros e portugueses é diferente, com inflexão mais aberta ou fechada. Enquanto no Brasil as palavras são acentuadas com o acento circunflexo, em Portugal utiliza-se o acento agudo. Ambas as grafias serão aceitas, como em 'fenômeno' ou 'fenómeno', 'tênis' e 'ténis'.
A regra valerá ainda para algumas oxítonas. Palavras como 'caratê' e 'crochê' também poderão ser escritas 'caraté' e 'croché'.
Hífen
As regras de utilização do hífen também ganharam nova sistematização. O objetivo das mudanças é simplificar a utilização do sinal gráfico, cujas regras estão entre as mais complexas da norma ortográfica.
O sinal será abolido em palavras compostas em que o prefixo termina em vogal e o segundo elemento também começa com outra vogal, como em aeroespacial (aero + espacial) e extraescolar (extra + escolar).
Já quando o primeiro elemento finalizar com uma vogal igual à do segundo elemento, o hífen deverá ser utilizado, como nas palavras 'micro-ondas' e 'anti-inflamatório'.
Essa regra acaba modificando a grafia dessas palavras no Brasil, onde essas palavras eram escritas unidas, pois a regra de utilização do hífen era determinada pelo prefixo.
A partir da reforma, nos casos em que a primeira palavra terminar em vogal e a segunda começar por 'r' ou 's', essas letras deverão ser duplicadas, como na conjunção 'anti' + 'semita': 'antissemita'.
A exceção é quando o primeiro elemento terminar em 'r' e o segundo elemento começar com a mesma letra. Nesse caso, a palavra deverá ser grafada com hífen, como em 'hiper-requintado' e 'inter-racial'.

Com o acordo, o alfabeto passa a ter 26 letras, com a inclusão de 'k', 'y' e 'w'. A utilização dessas letras permanece restrita a palavras de origem estrangeira e seus derivados, como 'kafka' e 'kafkiano'.
Nova regra de ortografia confunde até dicionários
RICARDO WESTINda Folha de S.Paulo 27/10/2008 - 09h21

Faltando apenas dois meses para que as novas regras ortográficas entrem em vigor no Brasil, nem mesmo os especialistas em língua portuguesa conseguem chegar a um consenso sobre como determinadas palavras serão escritas a partir de 1º de janeiro de 2009.
As divergências aparecem nos dicionários "Houaiss" (ed. Objetiva) e "Aurélio" (ed. Positivo), nas recém-lançadas versões de bolso, que já contemplam as mudanças ortográficas. O "pára-raios" de hoje, por exemplo, virou "para-raios" no primeiro e "pararraios" no segundo.
A lista de diferenças continua. A versão mini do "Houaiss" grafa "sub-reptício" e "para-lama". Em outra direção, o novo "Aurélio" traz "subreptício" e "paralama".
Prevendo o impasse, antes mesmo do lançamento dos dicionários, a ABL (Academia Brasileira de Letras) tomou para si a difícil missão de dirimir essas e outras dúvidas. A palavra final da entidade deverá sair apenas em fevereiro, quando as novas regras ortográficas já estiverem valendo.
Confusões
O acordo internacional, assinado em 1990, foi concebido para unificar e simplificar a grafia da língua portuguesa. Certos acentos serão derrubados ("enjoo" e "epopeia"), e o trema será praticamente extinto -só permanecerá em palavras estrangeiras (como "Müller" e "mülleriano").
O que tem sido motivo de apreensão é o hífen.
O acordo está cheio de regras novas --certas palavras perderão o hífen (como "antissocial" e "contrarregra") e outras ganharão ("micro-ondas" e "anti-inflamatório")--, mas deixa buracos.
O texto diz que devem ser aglutinadas, sem hífen, as palavras compostas quando "se perdeu, em certa medida, a noção de composição". E lista meia dúzia de exemplos: "girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, etc.".
"O problema está justamente no "etc.". Como sabemos que as pessoas perderam a noção de composição de uma palavra?
É algo subjetivo", afirma o professor e autor de gramática Francisco Marto de Moura.Na dúvida, os elaboradores dos dois dicionários consultaram especialistas e chegaram às suas próprias conclusões.
O "Houaiss", por exemplo, achou mais seguro ignorar o "etc." e decidiu que só seriam aglutinadas as seis palavras da lista de exemplos.
"Com essas mudanças, os dicionários precisam sair na frente, já que são as obras às quais todos vão recorrer. Precisam dar soluções. Diante das lacunas, tivemos de inferir", afirma Mauro Villar, co-autor do "Houaiss".
O acordo diz que perdem o acento os ditongos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "idéia" e "jibóia". No entanto, existe hoje uma regra que determina que paroxítonas terminadas com "r" tenham acento. O que fazer com "destróier", que se encaixa nas duas regras?
O texto tampouco faz referência ao uso ou à ausência do hífen em formações como "zunzunzum", "zás-trás" e "blablablá".
Pontos obscuros
No início do ano, quando aumentaram os rumores de que as mudanças ortográficas acordadas em 1990 finalmente seriam tiradas da gaveta, a Academia Brasileira de Letras começou a se debruçar sobre os pontos obscuros. Seis lexicógrafos e três acadêmicos têm essa missão.
"Estamos tentando resolver os problemas de esquecimento e esclarecer os pontos obscuros. As interpretações serão feitas com o objetivo de facilitar a vida do homem comum", diz Evanildo Bechara, gramático e ocupante da cadeira 33 da ABL.
As decisões da comissão da ABL estarão no "Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa", a lista oficial da correta grafia das palavras.
O término da obra estava previsto para novembro. Por causa do excesso de dúvidas, o lançamento acabou sendo adiado para fevereiro.
Uma vez pronto o "Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa", os dicionários de bolso que já incorporaram o acordo ortográfico internacional precisarão ser mais uma vez reeditados, dessa vez com as mudanças definitivas. É por isso que as versões completas do "Houaiss" e do "Aurélio" ainda não foram lançadas.
As novas regras ortográficas começam a ser aplicadas em janeiro de 2009, mas as atuais continuarão sendo aceitas até dezembro de 2012.
A partir de janeiro de 2013, serão corretas apenas as novas grafias.

-Não são acentuados os ditongos "ei " e "oi" de palavras paroxítonas:ideia(antes idéia) jiboia(antes jibóia)
-Não são acentuadas as formas verbais creem ,leem, deem veem e seus derivados descreem, e etc.
-Não são acentuados o penúltimo o dos hiatos "oo(s)" voos, enjoos-Não são acentuadas as palavras homógrafas: para(verbo) e para(preposição),pelo(verbo) e pelo(substantivo).É mantido o acento de pôde para diferenciar de pode

-São aglutinadas palavras em que o falante perdeu a noção da composição (antes :pára-quedas,agora: paraquedas)
-O trema foi totalmente abolido das palavras portuguesas e aportuguesadas,ex.: cinquenta,tranquilo. Mantido em nomes própros e derivados mülleriano e Müller.
-Não são acentuadas as paroxítonas cujas vogais tônicas"i" e "u" são precedidas de ditongo.Ex antes feiúra e agora feiura.
-Não são acentuados o "u" tônico de formas rizotônicas de arguir e redarguir. Ex.: argui, arguis(antes: argúi,argúis)

Saiba o que tem fundamento e o que é lenda nas receitas caseiras contra dengue 24/04/2008 - 09h24

FLÁVIA GIANINI Colaboração para a Folha de S.Paulo
Borra de café no pratinho da planta impede que o mosquito da dengue deposite seus ovos, assim como a mistura de vinagre balsâmico, noz-moscada e ervas aromáticas, certo? Errado, segundo especialistas. Nem borra, nem vinagre, nem inhame. A epidemia de dengue e o pânico instalado nos locais mais afetados se tornaram o cenário perfeito para a popularização de receitas milagrosas, seja para manter o mosquito longe, seja para minimizar os sintomas dolorosos.
Os mais assustados podem perder tempo, dinheiro, vasos de planta e até a saúde acreditando no uso de repelentes caseiros e remédios naturais sem comprovação científica de eficácia. Desde o início da epidemia, uma série de e-mails circula pela rede afirmando os benefícios dessa ou daquela medida -várias com o nome de um pesquisador, biólogo ou médico para corroborar a indicação.A Folha consultou especialistas para comentar as dicas mais populares. Todos afirmam que não dá para subestimar o Aedes aegypti. Desconfiar de milagres é o primeiro passo para afastar a doença.
Repelente caseiro
Esse é o mais recente dos e-mails que circulam na internet. Segundo a mensagem, é só preparar uma mistura com cânfora, cravo-da-índia e outros ingredientes e, "voilà", um repelente natural sem contra-indicações e bem mais em conta que os de farmácia. Porém, não funciona. Algumas pesquisas apontam que o cravo-da-índia tem ação anti-séptica, mas não repelente. "O repelente funciona porque é um remédio tóxico para o mosquito. Por isso, não deve ser usado continuamente, já que, em grandes quantidades, também pode prejudicar humanos. No entanto, não existe toxicidade na cânfora", explica a farmacoterapeuta e bioquímica Bárbara Furtado, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
Própolis
Entre as receitas mais divulgadas na rede, está o uso de própolis de abelha. A substância teria o poder de eliminar o vírus da dengue do organismo contaminado, atuar como repelente e tratar febre e dor de cabeça. O e-mail explica que a própolis possui flavona e vitamina B, que, exaladas pelo suor, manteriam o mosquito afastado. De acordo com Furtado, da UFMG, a própolis possui característica de alimento. "Ela teria que atravessar muitas barreiras corporais sem ter suas moléculas alteradas para ser um repelente eficiente na pele", diz.O médico sanitarista Antônio Sérgio da Fonseca, da Fiocruz (Fundação Osvaldo Cruz) é enfático ao afirmar que não existe droga capaz de eliminar o vírus nem de controlar as reações imunológicas. "É melhor dar preferência a barreiras físicas como calças compridas e meias", completa.
Complexo B
Tem efeito repelente, mas ainda não se sabe qual a dosagem, a forma de aplicação e a garantia de proteção que o complexo ofereceria. "Não existe confirmação científica concreta sobre o uso do complexo. Faltam informações sobre como, quando e quanto usar", afirma Fonseca, da Fiocruz. Existe o risco ainda de hipervitaminose para quem toma o complexo continuamente. E a vitamina só age no momento da transpiração. "Seriam necessárias quantidades enormes de vitamina para tornar o complexo B eficiente. E, ainda assim, não ficamos suados o tempo todo", afirma o médico infectologista Ivo Castelo Branco, do Núcleo de Medicina Tropical da UFC (Universidade Federal do Ceará) e consultor sobre a dengue para a Organização Mundial de Saúde.
Andiroba e citronela
Velas e infusores à base de óleos essenciais dessas plantas podem, de fato, manter o mosquito afastado. Segundo pesquisas já realizadas, o cheiro delas causa uma intoxicação nos insetos semelhante à ação dos inseticidas. Mas a eficácia se resume ao cômodo onde está acesa, se não houver correntes de ar no local nem portas ou janelas abertas. As velas também devem ser acesas durante o dia, já que o mosquito tem hábitos diurnos. "A citronela já é usada pelos setores de controle de zoonoses há alguns anos", confirma Furtado.
A incurável “doença” da escrita
Impulso que leva uma pessoa a escrever parece originar-se no sistema límbico – conjunto de células cerebrais associadas à emoção – e nem sempre gera talentos
Moacyr Scliar( é médico, escritor e membro da Academia Brasileira de Letras.)
Nos últimos anos a tecnologia possibilitou identificar no cérebro as regiões responsáveis por muitas funções intelectuais. Mas será possível aperfeiçoar esse conhecimento? Será possível identificar, por exemplo, uma área responsável pelo impulso que leva uma pessoa a escrever?Esta foi a pergunta que se fez a neurologista americana Alice Weaver Flaherty, da Universidade Harvard, e que procurou responder no livro The midnight disease: the drive to write, writer’s block, and the creative brain (A doença da meia-noite: o impulso para escrever, o bloqueio do escritor, o cérebro criativo). Sua motivação era, antes de mais nada, pessoal. Pouco tempo depois de dar à luz gêmeos prematuros que em seguida faleceram, ela sentiu um desejo irresistível de escrever, e sobre qualquer coisa. Um ano depois, novo parto; de novo gêmeos, que desta vez sobreviveram, mas de novo o incontrolável impulso da escrita.Hipergrafia é o termo médico para descrever essa situação, conhecida há muito tempo: o poeta romano Juvenal falava, no primeiro século d.C. da “incurável doença da escrita”. Recentemente constatou-se que a hipergrafia é freqüentemente desencadeada pela epilepsia do lobo temporal, e que às vezes está associada à doença bipolar, na qual a mania se alterna com a depressão, sendo que os antidepressivos conseguem “estancar” o fluxo verbal. O impulso para escrever parece originar-se no sistema límbico – conjunto de células cerebrais associadas à emoção – e transformado em idéias “editadas” pelos lobos temporais. Alguns portadores de hipergrafia tornaram-se famosos. O pastor americano Robert -Shields manteve, de 1972 a 1997, diários que retratavam sua vida minuto a minuto e que encheram 94 caixas de papelão num total de 75 mil páginas, o suficiente para dar uns 4 mil livros de porte razoável. Virginia Ridley, da Geórgia, escreveu menos, 10 mil páginas, mas o seu texto foi mais útil: quando ela morreu de forma misteriosa, serviu para absolver o viúvo, acusado de assassinato (problema deve ter tido a polícia para ler tantas páginas).E também existem escritores prolíficos, aqueles que escrevem muito. O que não é necessariamente um sinal de talento. A lista dos autores mais produtivos do mundo inclui nomes absolutamente desconhecidos para a maioria dos leitores, como o da sul-africana Mary Faulkner, que, diferente daquele outro Faulkner – o William – não ganhou o Nobel mas está em primeiro lugar na lista de recordes do Guiness, como autora de 904 livros; Lauran Paine, autor de 850 publicações; e Prentiss Ingraham que publicou 600 obras, das quais 200 sobre o cowboy Buffalo Bill. Mas na lista também estão os reputados Georges Simenon, criador do Inspetor Maigret (mais de 500 livros) e John Creasey, autor de conhecidos thrillers. Prolíficos foram também Charles Dickens, Honoré de Balzac e Victor Hugo. Segundo Shakespeare, autor razoavelmente fecundo, há mais coisas entre o céu e a terra do que alcança a nossa vã filosofia. O mesmo se pode dizer do processo criativo.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

NOTÍCIAS DO SINTEAL

ATENÇÃO! ATENÇÃO! ATENÇÃO!
Todos pela aposentadoria especial
A ADI 3772 questionando a constitucionalidade da Lei n° 11.301/2006 (que amplia a aposentadoria especial para diretores de escolas e coordenadores pedagógicos) está de volta à pauta de julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF). O julgamento está marcado para esta quarta-feira, 29, e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) destaca a importância da participação de todas as afiliadas à sessão.
A lei 11.301 foi sancionada pelo presidente Lula, em 10 de maio de 2006, porém o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, a questionou junto ao STF mediante solicitação de estados e municípios.
Neste julgamento, temos a esperança que a maioria dos juízes considere que o professor faz parte do processo educacional como um todo e exerce vários papéis na escola. O direito à aposentadoria especial para diretores e pedagogos é uma antiga reivindicação da CNTE, por isso, nesta quarta-feira, contamos com a união de toda a categoria para lutar em prol de uma medida que beneficiará cerca de 200 mil profissionais em todo o país.
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HOMENAGEM AOS FUNCIONÁRIOS/AS PÚBLICOS*

Funcionário público é um trabalhador diferente. É um servidor e um defensor dos direitos de cada cidadão que paga seus impostos em dia.
Se na Constituição Federal é garantido a cada cidadão o direito à educação, à saúde, à segurança, à justiça, entre outros serviços, é o funcionário público o “elo” para a garantia desses direitos.
Funcionário público é especial. A cada ano, a cada eleição, mudam os políticos e com eles a "política” do Estado, mas são os funcionários públicos os verdadeiros administradores que, no dia a dia, estão sempre prontos/as a cumprir com a obrigação de atender a população.
Ao comemorarmos mais um Dia do Funcionário Público (28 de outubro), o SINTEAL cobra dos governantes melhores salários e condições de trabalho para todas as categorias de trabalhadores/as.
Particular e especialmente, o SINTEAL parabeniza e abraça, todas/os as/os funcionárias/os de escola, pela “lição” de coragem e determinação dada nos 61 dias de greve e de luta em defesa da justa valorização profissional.
Como parte integrante, efetiva e atuante da difícil construção de uma educação pública de qualidade e cidadã, toda/o funcionária/o de escola reafirma, acima de tudo, seu papel como educador/a. Importante e imprescindível no dia a dia escolar. Merecedor/a do respeito e do reconhecimento dos gestores públicos e da sociedade em geral.
Viva o 28 de outubro! Dia da/o funcionária/o público/a.

* Mensagem adaptada a partir de texto de José Gozze, presidente da Federação das Entidades de Servidores Públicos do Estado de São Paulo
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Rede Estadual
SINTEAL REPASSA INFORMES À CATEGORIA

Em assembléia geral realizada na manhã desta 3ª feira, no Espaço Cultural da antiga Reitoria da Ufal, os trabalhadores em educação da rede estadual de educação receberam da diretoria executiva do SINTEAL informações sobre as negociações em torno da tabela de subsídios dos funcionários de escola (apoio e administrativo) e sobre a assinatura do termo de compromisso de recuperação da educação pública estadual.
Tabela de Subsídio
O informe principal dá conta de que na última 5ª feira (16/10), houve reunião do SINTEAL com a SEEE e a Segesp (Gestão Pública) onde novamente foi fechado acordo para que a mensagem siga para a Assembléia Legislativa até a próxima 6ª feira (24/10), para a sanção e aprovação. O SINTEAL estará acompanhando atentamente todo este trâmite.
Na volta da mensagem para a sanção governamental, já temos garantido acordo com o Executivo estadual que o pagamento será feito através de folha suplementar, com retroatividade a outubro,
até o dia 14 de novembro de 2008.
Termo de Compromisso
Depois de dois adiamentos por parte do Executivo estadual, a data de assinatura do termo de compromisso em prol da recuperação da rede de educação pública estadual ainda não está definida. O documento será assinado pelo Governo do Estado, SINTEAL e pelo ministro da educação Paulo Haddad.
O SINTEAL condiciona sua assinatura – enquanto entidade representativa dos/as trabalhadores/as em educação – à aprovação da tabela de subsídios dos funcionários de escola (rede estadual) pela Assembléia Legislativa e a sanção final pelo governador do estado.
PSPN
O SINTEAL informou à categoria que continua a pressão dos governos estaduais de São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul (todos “tucanos”) contra o Piso Salarial Profissional Nacional. Utilizando-se de seus secretários estaduais, esses governos jogam “baixo” acusando o piso de "inconstitucional”, dizendo, por exemplo, que a jornada de hora-atividade de 1/3 (um terço) trará “prejuízos” à educação.
É
um argumento fraco e não verdadeiro! A hora-atividade de 1/3 representa, isto sim, a possibilidade de melhoria da qualidade da educação,pois representa tempo maior de preparação para a qualificação do magistério.
O que esses governadores “tucanos” não lembram é que, nas eleições, seus discursos sempre apontaram para a preocupação com a “qualidade da educação e seus trabalhadores”, no caso, o magistério. Puro e demagogo discurso eleitoreiro!
Moral da história: a luta em prol da aprovação do PSPN continua e é preciso o engajamento de todos os sindicatos e trabalhadores/as em educação em prol de sua aprovação!
Funcionárias/os de escola
Garantido o pagamento dos dias parados. Sairá em folha de outubro. A confirmação foi dada nesta 3ª feira (21/10).
Mobilização à vista
SINTEAL vai acompanhar, passo a passo, todo o trâmite burocrático da mensagem da tabela de subsídio das/os funcionárias/os de escola (rede estadual) no Executivo estadual, bem como o envio da mensagem à Assembléia Legislativa para votação e aprovação, até o “capítulo final da novela”, ou seja, sanção pelo governador do estado.
Vamos mobilizar a categoria em dois importantes momentos: a votação da mensagem na Assembléia Legislativa e as assinaturas da sanção da tabela de subsídios e do termo de compromisso pró-educação estadual.
A hora é de atenção e mobilização!

COMO BRINCAR COM O SEU BEBÊ?

Os pequenos estão ávidos para descobrir o mundo! E é por meio das brincadeiras que eles se desenvolvem, então sugerimos atividades divertidas para você ajudá-los nessa deliciosa tarefa.
por IVONETE D. LUCÍRIO FONTE -REVISTA MEU NENÊ
Bola, boneca, carrinho, caixas mágicas, colher de pau, panela, tampa... Para quem está nesse mundo há tão pouco tempo tudo é novidade, aprendizado. Daí a importância da brincadeira. Mais do que pura diversão, é brincando que a criança descobre o mundo e aprende a se relacionar com ele. Com você por perto, será ainda mais divertido, principalmente nos primeiros anos enquanto ela ainda não interage com outras crianças e os pais são os principais referenciais. Preparamos essa lista com 63 atividades e sugestões para você compartilhar com seu filho. É importante lembrar que a criança aprende por observação, experimentação e repetição. Por isso devemos demonstrar a brincadeira e depois estimular a criança a experimentar por si própria. A fisioterapeuta Liss Labate Marques, coordenadora da equipe de fisioterapia da Maternidade Pro Matre Paulista e uma grande conhecedora de brincadeiras, foi nossa consultora. Bom divertimento!
Até 6 meses

1) Escolha uma musiquinha que permita incluir o nome da criança e cante-a para o bebê. Assim, ele vai formando sua identidade. Uma sugestão de canção é: "Se eu fosse um peixinho e soubesse nadar, eu tirava o (nome da criança) do fundo do mar"... Cante repetidamente.
2) O recém-nascido tem um reflexo que o faz ficar com as mãos fechadinhas. Para ajudá-lo a abri-las, brinque com cada dedinho chamando-o pelo nome: mindinho, seu vizinho, pai de todos, fura-bolo, mata-piolho. Após brincar com os dedinhos dê-lhe algo para segurar, pois aos poucos, quando o reflexo passar o bebê terá facilidade na apreensão.
3) Fale com ele enquanto, animadamente, move seu rosto para a direita ou para a esquerda, tentando capturar sua atenção. Ele aprenderá a olhar na direção certa.
4) Coloque-o apoiado sobre o joelho, segure firmemente pelas axilas e brinque de "cavalinho" para estimular o equilíbrio da cabeça. Dizer pocotó, pocotó é legal!
5) Escolha em revistas fotos grandes com expressões totalmente diferentes. Mostre-as uma a uma para o bebê. Eles adoram ver rostos, sabia?
6) Deite-o no chão e sente-se de frente para ele. Ofereça um brinquedo. Quando estiver entretido, chame-o e ofereça outro. Limite-se a três brinquedos bem diferentes para que ele não perca o interesse.
7) Brinque de "serra, serra, serrador...". O bebê ganha abdominal para sentar mais rapidamente.
8) A visão melhora a cada dia e, com dois ou três meses, o nenê já é capaz de enxergar cores. Coloque em suas mãozinhas uma bola de tecido macia e de cores vibrantes para que ao mesmo tempo desenvolva o tato e a visão.
9) É importante que a criança possua um brinquedo que seja boneco ou animal, para que o acompanhe aos lugares desconhecidos, isso dará a ele a segurança de não estar sozinho em novas experiências.
10) Por volta dos seis meses, deite-o no chão de bruços e fique na mesma posição. Brinque de aviãozinho, levantando o torso e os braços do chão.

11) Compre chapéus baratos como bonés, toucas de lã, de bombeiro, de palhaço, de cozinheiro. Sente-se na frente do seu bebê, coloque o primeiro chapéu e faça uma cara engraçada. Depois aproxime-se para que ele retire o chapéu. Passe para outro e repita a brincadeira.
12) Ofereça um pequeno brinquedo. Quando ele estiver quase tocando, deixe o objeto cair e pergunte "Cadê o brinquedo?". Ele provavelmente olhará para o chão. Caso não olhe, mostre-o e repita a brincadeira.
13) Sente seu filho no colo, de costas para você. Pegue um espelho e posicione de modo que o bebê possa ver o próprio reflexo. Depois vá mudando a posição do espelho até que ele mostre o reflexo da mãe, sorrindo.
14) Agite suavemente os pezinhos do bebê na água do banho, segurando com firmeza seu corpo. É uma forma de estimular o tato.
15) Bebês adoram surpresas como caixas coloridas de onde saltam bichinhos, ou que tocam músicas alegres ao serem abertas.
16) Ajude o bebê a passar um brinquedo de uma mão para outra. Dê objetos que caibam na sua mão.
17) Preste atenção aos sons e expressões que seu bebê faz e imite, como se fosse um espelho.

18) Com seus dedos, faça uma trilha de formiguinha que começa na coxa e termina nos pezinhos. Vá narrando o percurso: "a formiguinha está subindo uma montanha, está descendo, chegou!!!".
19) Estimule a curiosidade da criança com brinquedos que abrem portas, janelas.
20) Pergunte ao bebê: "qual é o tamanho do (use o nome do bebê) ?". Ajude a criança a abrir os braços o máximo que ela puder e diga: "Ela é grande assim!".
21) Prepare vários pratos com texturas diferentes para a criança tocar e cheirar. Por exemplo: gelatina de frutas, iogurte, banana, cereais, aveia, grãos de feijão, de bico, arroz.
22) Cubra o rostinho dele com uma fralda e logo depois descubra. A brincadeira ajuda a compreender que as pessoas se afastam mas voltam.
23) Dê papel para que o bebê amasse e rasgue. É um treino para a coordenação.
24) Pegue uma caixa de papelão um pouco maior que o corpo do nenê e faça um túnel para que ele possa engatinhar facilmente através dela. Coloque o bebê de um lado da caixa e fique do outro, chamando por ele.
25) Quando estiver com nove ou dez meses, sente-se no chão e brinque com um jogo de empilhar. Incentive o bebê a fazer o mesmo e, no final, derrube tudo.
26) Dê uma xícara, um pires e uma colher, de preferência tudo de plástico. Provavelmente já usando um raciocínio lógico, ele vai colocar a xícara sobre o pires e a colher dentro dela.
27) Sente-se no chão, de frente para o bebê. Role uma bola em direção a ele. Provavelmente a pegará e tentará lançá-la para você.

28) No banho, ofereça copos ou forminhas de plástico colorido. Ensine o bebê a transferir a água de um para outro. Não deixe que manuseie coisas muito pesadas.
29) Para estimular a fala, os brinquedos que imitam telefone são os melhores. Pegue um telefone de verdade e peça para o pequeno conversar com você usando o dele. "Alô? O Bruno? Só um minuto!". Inclua o nome dele.
30) Dê livros infantis, com diferentes texturas, cores e formas para seu filho explorar.
31) Ajude seu filho a reconhecer partes do corpo. Diga "esse é o nariz da mamãe", e coloque o dedo dele no seu nariz. Depois faça com que coloque o dedinho no próprio nariz enquanto fala "esse é o nariz do bebê".
32) Por volta de um ano, ele começa a dar os primeiros passos. Coloque-se a uma pequena distância dele, convidando-o a vir até você. Quando ele chegar, suspenda-o no ar e elogie.
33) Sente o bebê no chão e coloque na frente dele latas, caixas, uma cesta e tigelas de plástico. Ele vai praticar o ato de pôr e tirar.
34) Dance uma música bem animada com a criança no colo para que ele sinta o ritmo.
35) Os bebês adoram bolhas de sabão. Leve uma perto dele para que possa estourá-la.
De 1 a 2 anos

36) Use dedoches para criar historinhas para o pequeno. Ele ficará fascinado com os bonequinhos.
37) Quando o andar estiver um pouco mais firme, é hora de começar a jogar bola. Incentive-o a chutá-la, o que aumenta o equilíbrio.
38) Com 13 ou 14 meses, cante para o bebê sua canção favorita, mas deixe de falar a última palavra. Ele vai tentar pronunciá-la.
39) Ofereça papel e giz de cera e mostre como rabiscar. Os primeiros rabiscos são círculos. Mostre o sol para ele.
40) Pegue um livro que tenha imagens de animais e vá mostrando um a um para a criança, nomeando-os. Aproveite para imitar os que você souber.

41) Use um tubo de papel higiênico ou papel toalha e ensine a criança a usá-lo como megafone.
42) Leve-o para cavar buracos na praia, na areia do playground, na terra. É uma forma de atiçar a curiosidade e o tato.
43) Crie um problema que seu filho possa ajudar a resolver. Por exemplo, espalhe cubos no chão e peça para que ele ajude a colocá-los em um balde.

44) Dê um pedaço de papel alumínio para seu filho amassar. O som e a textura vão deixá-lo encantado.
45) Um jogo de pescaria estimula a coordenação e o desejo de vencer um obstáculo.
46) Aproveite uma caixa de pizza para criar um cavalete de pintura: abra a caixa e fixe as extremidades em uma mesa com fita adesiva, de forma que a dobra fique virada para cima e os dois lados possam ser pintados.
47) Seu filho pode começar a treinar a pontaria. Dê a ele um ou mais cestos e bolinhas para lançar dentro deles.
48) Amarre uma cordinha em carrinhos ou outros brinquedos com rodas para que ele puxe pela casa.
Antes de começar qualquer brincadeira, lembre-se de que.... A segurança está acima de tudo.. Você deve escolher uma atividade adequada à idade da criança.. O sexo não importa. Menina gosta de carrinho e menino de boneca.. Até cerca de três anos a criança não interage com outras. Podem até estar próximas, mas dificilmente vão brincar juntas. Não force. A criança aprende primeiro brincar sozinha para depois poder brincar com outras.. Não há objetivos claros a alcançar. O importante é se divertir.. Mesmo que seu filho possua alguma limitação física ou psicológica, está no estatuto da criança que "Todas as crianças têm o direito de brincar". Portanto adapte a brincadeira e nunca subestime a capacidade de uma criança estimulada com muito amor.
De 2 a 3 anos

49) Escolha um cômodo da casa e retire os objetos perigosos. Apague a luz e dê uma lanterna para a criança explorar o ambiente, com você por perto.
50) Organize um baile de máscaras, nem que seja apenas entre você, o marido e o pequeno. Vale vestir fantasias. Que tal o personagem predileto do bebê?
51) Envolva seu filho nas tarefas domésticas. Ele vai se divertir muito em varrer a casa - compre uma vassoura adequada ao tamanho dele - ou em enxugar a louça (apenas as de plástico).
52) Próximo aos três anos, a criança reconhece as cores. Aproveite um passeio de carro para encontrar carros amarelos, prédios azuis, ou a combinação que achar mais divertida.
53) Massa de modelar é uma grande diversão. Dê rolinhos e forminhas de biscoito para que crie desenhos. Mas tome cuidado para a criança não colocar a massinha na boca.
54) Forre uma parte do chão com papel liso, no quintal ou na área de serviço. Dê tintas atóxicas para que ele faça pinturas com os dedos.

55) Brincadeiras de faz de conta são ótimas para essa idade. Monte um chá da tarde de mentirinha, por exemplo. Ou brinque de supermercado.
56) É um bom momento para começar a brincar de amarelinha, de preferência, ao ar livre.
57) Como a criança já é capaz de registrar imagens, brinque com um jogo de memória simples.
58) Coloque um colchonete no chão e ensine seu filho a virar uma cambalhota.
59) Estimule-o a inventar histórias e ofereça brinquedos que facilitem, como cenários, cidades com carrinho, casas em miniatura, animais e bonecos.
60) Boa parte das crianças começa se vestir nessa faixa etária. Que tal tornar o aprendizado ainda mais divertido com brinquedos para treinar a fazer laços, abotoar e desabotoar, fechar com velcro.

61) Coloque uma folha de papel sobre uma superfície com textura e ensine seu filho a passar o lápis por cima para ver o desenho que se forma.
62) Esconda um doce ou uma fruta pequena em uma das mãos e peça para a criança adivinhar em qual está. Qual ela adivinhar, dê o que estava escondido como prêmio.
63) Animais de estimação são ótimas companhias de brincadeira, principalmente nessa idade em que a criança já corre.

PARA AS MAMÃES E VOVÓS

FONTE: REVISTA MEU NENÊ
Fonoaudiologia
1-Babar em excesso indica algum problema no bebê?Raíssa Duarte Lemos, Salvador, BA.
São duas as causas que podem explicar por que uma criança baba em excesso. A situação pode estar relacionada ao nascimento dos dentes ou com a respiração oral que mantém a boca aberta. De modo menos freqüente, ela pode ser conseqüência de problemas neurológicos, situações nas quais a musculatura bucal torna-se flácida. Assim, é importante certificar-se do que está acontecendo. O ideal é que a criança mantenha a boquinha fechada, respirando sempre pelo nariz e engolindo a saliva regularmente para não babar.
2--Meu filho de 2 anos e meio começou a gaguejar. O pediatra disse que a gagueira nessa idade não é preocupante e que normalmente se corrige sozinha. Qual é a sua causa?Jaqueline Dorneles de Souza, Curitiba, PR Resp: A criança produz e exercita as primeiras frases simples por volta dos 2 anos. Nessa fase tem a intenção de se fazer entender. Por volta de 2 anos e meio, ela passa a prestar mais atenção na maneira de falar dos adultos, faz comparações e tenta corrigir-se. Nesse momento de insegurança surgem as tentativas de acerto que caracterizam as alterações na fluência de sua fala. É o período de “gagueira fisiológica”, que costuma evoluir espontaneamente. Como mãe, demonstre paciência e tranqüilidade. Espere que ele tente falar, sem nterrompêlo e peça que repita, ou fale devagar. Após suas tentativas, repita o padrão correto, sem corrigir. Não valorize a dificuldade nem demonstre preocupação. Após cerca de 3 a 4 meses, o padrão mais fluente se estabiliza; caso isso não ocorra, procure o auxílio de um fonoaudiólogo.
3-Meu filho tem 1 ano e 7 meses e ainda não fala nada além de “dá, mama e papa”. Ele balbucia bastante e sempre o respondemos. Será que isso indica algum problema de fala? Devo procurar um especialista?”Patrícia C. L. S. O. Santos, por e-mail
Nesta fase é comum que a criança tente se comunicar mesmo sem eficiência. O importante é que ela demonstre intenção e que haja incentivo da família. Vocês devem conversar, perguntar, contar histórias, nomear as atividades, objetos e ações. Sempre que seu filho tentar falar, reproduzam o padrão correto, sem corrigir, apenas enunciando a maneira certa para que ele compare e aprenda. Cante com ele, comente cenas da TV, livros ou figuras. Mesmo assim, é interessante certificar-se de que sua audição é normal. Para isso, procure seu pediatra ou otorrinolaringologista. Caso não haja evolução até 2 anos, um fonoaudiólogo pode avaliar melhor o caso.
Nutrição
1-Estou grávida de 5 meses e me sinto sempre estufada, até quando acordo. Também sinto gases quase o dia todo. Isso é normal? Existe algum remédio que não tenha contra-indicação? Devo mudar a alimentação?Cássia Rodrigues, por e-mailEsse sintoma é comum na gravidez devido às mudanças hormonais, por isso o ideal é consumir mais frutas e verduras com efeito laxativo, como mamão, ameixa e couve, e evitar alimentos que fermentam como couve-flor, brócolis, feijão, repolho, uva e açúcares. Também é importante aumentar o consumo de água. Caso o incômodo persista, consulte seu obstetra e questione a possibilidade de ele indicar um remédio.
2- Minha filha de cinco meses já começou a comer papinha. Ela está aceitando muito bem, apesar da idade recomendada para o início ser aos seis meses. Gostaria de saber, no entanto, se no futuro poderá ocorrer algum problema de estômago ou no sistema digestivo por conta da introdução de comidinhas antes do tempo.Orfeu Bocamino, por e-mail
Existem duas vertentes que dizem respeito à alimentação para bebês. Uma indica a iniciação de alimentos sólidos a partir dos 4 meses e meio, e outra a partir dos 6 meses, que é a mais adotada. Sua filha tem 5 meses, então não terá problema no estômago ou no sistema digestivo. Mantenha uma alimentação adequada, com legumes e verduras cozidas e nunca fritas. Inclua na sopa uma a duas folhas de escarola, alface ou almeirão pão de açúcar; macarrão ou batata como energéticos; e algum outro legume e uma carne magra.
Odontopediatria
1-As pastas de dente infantis podem ser usadas em bebês? Como faço a higiene bucal do meu filho pequeno?Ilana Aguiar, Rio de Janeiro, RJSe os dentes do seu filho ainda não tiverem nascido, a limpeza da boca deve ser feita com gaze ou fraldinha embebida em água filtrada ou fervida. Ou ainda usando a dedeira de silicone com massagens feitas sobre a gengiva e a língua. A escova dental infantil será utilizada quando os dentinhos começarem a aparecer. Ela deve ter cerdas macias e cabeça pequena e arredondada. Quanto aos cremes dentais, é preciso tomar cuidado. Em geral, as pastas infantis apresentam alto valor de flúor e, como até os 3 anos a criança não sabe cuspir, a ingestão excessiva da substância pode causar a fluorose - defeitos na formação do esmalte dos dentes permanentes, que começam a se formar logo após o nascimento do bebê. Por este motivo, enquanto a criança é pequenina, opte por cremes dentais sem flúor.
2-De que maneira posso evitar cáries no meu filho se ele está acostumado a tomar o leite momentos antes de dormir? Não queria acordá-lo para escovar os dentinhosVera Lúcia Amaral, Niterói, RJ
A cárie é causada pela relação entre fatores como dieta contendo açúcar, microrganismos cariogênicos e dentes suscetíveis. Para evitá-la, é preciso ter principalmente uma alimentação equilibrada e uma boa higiene bucal. Tomar leite antes de dormir e não escovar os dentinhos do bebê é crítico, pois durante o sono o fluxo salivar que ajudaria a limpar a boca é menor e o leite fica acumulado. Por isso, a escovação após a última mamada é importantíssima. Caso não consiga realizar corretamente a escovação, passe na cavidade bucal e nos dentes do bebê uma gaze ou fralda mergulhada em água filtrada ou ainda ofereça água na tentativa de diminuir o acúmulo de substâncias. É importante procurar um odontopediatra que orientará a higiene bucal, pois a escovação é o método mais eficaz.

Pediatria
1-Tem algum problema oferecer chupeta ao bebê? Ela pode acarretar algo no futuro?Vanda Castro, por e-mailNão há dúvida de que a chupeta acalma o bebê, mas por outro lado traz alguns inconvenientes para a saúde e o seu desenvolvimento. Entre os problemas que esse acessório pode acarretar estão o mau odor da boca, já que é uma fonte perene de sujeiras e de infecções, a projeção da arcada dentária superior para a frente e o afunilamento do palato, estimulando de forma incorreta o desenvolvimento da fala e da respiração. Se você puder evitar o uso de chupetas, melhor! A boquinha do bebê agradecerá.
2-Meu filho tem 9 meses e já consegue ficar sentado, mas não gosta de rolar e ficar de bruços. O pediatra diz que isso é uma preferência, porém, ele já tem bastante firmeza na perna e pede para ficar sentado. Estamos pensando em colocá-lo no berçário. O convívio com outras crianças poderá estimulá-lo? E qual o risco de pegar infecções e resfriados?Valirne Armenara, por e-mailResp: A evolução do seu bebê está completamente dentro do normal, seu pediatra tem toda a razão. Sobre as posições, o bebê pode ficar mais confortável de um jeito ou de outro, mas não há importância para seu desenvolvimento agora. Por outro lado, nesta idade, é difícil que a criança seja estimulada por outras crianças da mesma idade a ponto de influenciar na questão das posições em que deseja estar. Já esse convívio pode aumentar a probabilidade de contaminação e infecção de seu filho, já que estará em contato com outras crianças e outros lugares.
3-Estou no Japão e o pediatra disse que eu só deveria viajar com o bebê após o sexto mês caso contrário poderia estourar os tímpanos dele. Nas agências de viagens é declarado que o bebê já pode viajar a partir do sétimo dia de vida. O que é o correto para que o vôo seja seguro para meu filhoRegina Keiko, por e-mail
Regina, como estamos falando de uma viagem longa, que pode durar mais de 20 horas, é preciso cuidado. Como o avião deve ser grande e pressurizado, o bebê poderá sim viajar após a primeira semana de vida. Porém, o melhor seria esperar até o término do período neonatal, correspondente às quatro primeiras semanas, quando ocorrerão adaptações da criança com a vida fora do útero.
Após o nascimento do irmão, o mais velho deve deixar de mamar naturalmente.
Ginecologia
Tenho um filho de 9 meses que come de tudo, porém eu ainda o amamento 3 vezes por dia. O problema é que estou grávida novamente. Será que poderei amamentar os dois? Qual a melhor maneira de fazer isto?Juliana Jorge, por e-mailAmamentar durante a gravidez pode causar aumento da freqüência das contrações, além de gerar um possível desgaste físico e nutricional na mulher. Nesta fase, a quantidade e a qualidade do leite também diminui, mas ainda assim é possível continuar amamentando se você estiver se sentindo bem. Geralmente, após o parto, o fi lho mais velho deixa de mamar espontaneamente.
Neonatologia
1-A quais os primeiros exames o bebê é submetido logo que nasce?Carolina Rio, por e-mailO primeiro exame é o clínico ao nascimento, já na sala de parto. O médico avalia se a criança está bem, se não apresenta malformações nem deformidades evidentes e verifi ca a sua vitalidade, que corresponde às famosas notinhas que o recém-nascido recebe, chamado de boletim de Apgar. São cinco critérios avaliados no primeiro e no quinto minuto de vida: freqüência cardíaca, esforço para respirar, tônus muscular (relacionada à força), irritabilidade quando estimuladas as narinas e cor da criança. Cada um desses critérios recebe de 0 a 2 pontos, e o pequeno pode totalizar até 10 pontos no conjunto, o que mostra um bebê com ótima vitalidade.
2-Meu filho teve icterícia neonatal e ao pedirem os exames, exigiram uma contagem de reticulócitos. O que é isso? Gostaria de saber se, por ele ter tido essa doença, haverá algum problema com ele no futuro.Paula Cristina Cardoso, por e-mailResp: A contagem de reticulócitos evidencia quantas células jovens, ou glóbulos vermelhos, estão sendo jogadas na circulação para ajudar na anemia que a icterícia neonatal pode provocar na criança. A icterícia surge da quebra normal das hemácias, porém no caso da doença, a quantidade de hemácias rompidas é muito maior do que o esperado. Esta contagem, portanto, ajuda no tratamento da doença para que a criança não adoeça ainda mais. Mas fique tranqüila que são controles normais e necessários para a cura do seu bebê.
3- “Estou nos últimos dias de gravidez e me disseram que o recémnascido precisa de cuidados intensos e que, para ajudar, é bom não sair de casa. É verdade? Quanto tempo ele deve ficar resguardado e por quê? Devo me preocupar também com todos os parentes que pegarem o bebê no colo, passando-o de um para o outro?Isabel C. Costa, por e-mail
A chegada de um bebê é sempre motivo de muito estresse. A visita de pessoas que não farão a higiene correta das mãos, ou aparecerão resfriadas para ver o bebê, vai desencadear uma preocupação desnecessária nos pais. Receber os próximos é permitido para que se divida este momento de felicidade. É importante também que a mãe não fique presa em casa, no entanto, ela precisa evitar lugares com ar condicionado e aglomerações. O recém-nascido possui a imunidade imatura e corre um maior risco de contaminação. Tome cuidado nas primeiras semanas e use sempre o bom senso.
Dermatologia
Minha filha tem três anos e está com algumas bolinhas localizadas no braço próximo à axila e na parte lateral da barriga. O dermatologista disse que é molusco contagioso e indicou um ácido como tratamento, mas sempre que passo, ela chora e coça muito. Gostaria de saber mais sobre o molusco, ele é mesmo contagioso e pode sumir com o tempo?Vera Guerra, por e-mailResp: O molusco contagioso é causado por um vírus e apresenta um alto contágio. Ocorre principalmente em crianças no período escolar. O tratamento consiste em retirá-los da pele, feita de diversas maneiras: com ácidos, cauterização e curetagem, entre outros. Mas fique tranqüila, pois há novas táticas usadas para que não seja doloroso para sua filha, como por exemplo, o uso de cremes anestésicos uma hora antes do tratamento. Assim, o bebê não ficará traumatizado. São raros os casos em que o molusco contagioso desaparece sozinho, por isso o tratamento é indispensável.
Psicologia
1-Meu filho tem 2 anos e 3 meses e é muito apegado com o pai. Na hora de ir pra escolinha, ele esperneia porque não quer deixá-lo. Mas mesmo assim, o obrigávamos a ir. Porém, no último mês parece que ele “inventa” uma doença para não ir, fica largadinho e agarrado ao pai, como se fosse de propósito. De que maneira resolvo isso? Será que ele precisa se afastar um pouco do pai ou algo pode estar acontecendo na escolinha? Roberta Cilene, por e-mailResp: O comportamento da criança com relação à escola varia de acordo com alguns fatores: a convicção dos pais de que é bom para seu filho ir à escola; a história escolar dos pais; a facilidade deles em separar do bebê; e a vivência que a criança tem com a professora e os amigos. É essencial que pai e mãe procurem saber como é o ambiente, o que o pequeno faz e como é tratado por todos. Assim, perceberá se algum desses fatores possui relação com a contrariedade da criança em ir para a instituição. Mas também, se os pais não têm certeza de que querem se separar da criança, ela poderá se aproveitar disso e apelar para o mais “suscetível” do casal. No caso, seu marido. Por isso, é importante os pais avaliarem o que representa a ida do filho à escola. Uma vez que eles estejam convencidos de que essa decisão é acertada, eles terão mais serenidade para mandá-lo ao local, ainda que ele não tenha vontade. Quando a criança não encontra mais apoio no pai ou na mãe que costumava se dobrar às suas tentativas de persuasão, ela aprende a ter disciplina e tem a oportunidade de desfrutar do lado bom da escola.
A escola (ou berçário) deve ter atividades e pessoas que agradem e estimulem o pequeno para que ele não perca o interesse
2-Eu e meu marido moramos separados, apesar de casados, e como trabalho, minha filha passa o dia todo com a avó, por isso anda muito apegada a ela. Acontece que ela anda chamando a avó de mãe e me rejeita, principalmente, na hora de dormir, que só acontece se for na cama da avó. É normal esse tipo de comportamento? O que eu faço para reverter essa situação?Patricia Rodrigues Pedreira, por e-mail
As famílias atuais têm que se adaptar às novas formas de convivência. Em muitos casos, as crianças são criadas pelos avós ou os casais moram separados. Os pequenos são sensíveis a essas dinâmicas familiares e podem espelhar conflitos entre você e sua própria mãe com comportamentos inadequados. Para evitar, você precisa lidar melhor com o fato de ter que deixar sua filha com outra pessoa. É importante também se separar emocionalmente de seus próprios pais para assumir seu novo papel. E ainda que morem separados, você e seu marido precisam formar uma família e ver a condição atual como algo temporário. Passe momentos a três com sua filha, lute para abreviar sua estadia na casa dos pais e procure conseguir sua própria casa.

Se você quiser mandar sua pergunta, escreva para tira-dúvidas - Av.Alfredo Egídio de Souza Aranha, 100, bloco B, 8o andar,Granja Julieta, São Paulo, SP - CEP 04726-170, e-mail:
meunene@simbolo.com.br.
A INTIMIDADE DOS BAIXINHOS
As diferenças anatômicas entre meninas e meninos influencia muito na hora de trocar as fraldas ou dar banho. Por Patrícia Boccia
Não são apenas as mães de primeira viagem que tomam um baile na hora de trocar as primeiras fraldas dos nenês.Quem teve menina e agora experimenta os cuidados com um menino surpreende-se com tanta diferença... E vice-versa! Mas o estranhamento ocorre apenas no começo. Logo a mãe estará dando aula sobre como cuidar dos genitais das crianças. Apesar das particularidades entre meninas e meninos, algumas regras valem para ambos.A primeira delas é efetuar as trocas com bastante regularidade, pois os bebês novinhos evacuam e urinam de acordo com o número de mamadas.
Para deixar a área sempre limpa e fresca lembre-se que o ideal é usar água morna e um chumaço de algodão. "Deixe os lenços umedecidos apenas para quando for passear, pois em excesso a fórmula pode provocar alergia na criança", explica Maria Clara Rodrigues Freitas, pediatra de São Paulo. Outra metodologia indispensável é manter sempre tudo a mão durante a troca de fraldas ou para o banho.
DELICADEZA FEMININA
A uretra da menina é mais curta e o ânus fica muito próximo da vagina. Por isso, a região deve ser bem limpa para prevenir contaminações por bactérias e infecções urinárias.
O banho da garota
• "Ao retirar a fraldinha, faça também a higiene da criança, removendo os resíduos de xixi e cocô com um chumaço de algodão e água, sempre no sentido da vagina para o ânus para evitar a contaminação da vagina pelas fezes", explica a pediatra Maria Clara.
• Coloque a mocinha na água e, na hora de limpar os genitais, abra delicadamente os grandes lábios e ensaboe a região. Lave bem as dobrinhas entre os grandes e os pequenos lábios.
A troca de fralda da menina
1 Coloque a criança deitada de costas no trocador.Aproveite a parte limpa da fralda para retirar o excesso de fezes, sempre no sentido da vagina para o ânus para evitar a contaminação da vagina pelas fezes
2 Abra a vulva e passe um algodão com água morna.
3 Descarte o algodão a cada passagem, nunca reutilizando- o. Seque a região com uma fralda de pano, passe um creme protetor de assaduras e coloque uma fralda limpa.
Secreções são normais
Nos primeiros dias de vida, as garotas apresentam uma secreção viscosa na vagina. O quadro é normal e indica excesso de hormônio feminino, herdado da mãe, A partir daí, secreções leves como clara de ovo também podem ocorrer. Na verdade elas têm a função de proteger o local. Secreções amarelas devem ser comunicadas ao médico, pois são indício de infecção. Para prevenir, limpe bem o ânus, pois os restos de fezes contamina a vagina.
A intimidade dos baixinhosAs diferenças anatômicas entre meninas e meninos influencia muito na hora de trocar as fraldas ou dar banhoPor Patrícia Boccia

OPERAÇÃO TUDO AZUL
O cuidado especial com os meninos fica por conta da pele que recobre o pênis, chamada de prepúcio.
O banho do garoto
• Ao retirar a fralda, faça uma higienização prévia do bebê, removendo a sujeira dos genitais e da bolsa escrotal.• Use água morna para facilitar o trabalho de puxar o prepúcio e limpar a cabeça do pênis.• Coloque o bebê na água e lave o corpo todo, inclusive a região genitália, com sabão.• Enxágüe o nenê, retire-o da banheira e enxugue o corpo todo. Com uma toalha de fralda enxugue o pipi.


A troca de fralda do menino
• Para escapar dos vigorosos jatos de urina, mantenha sempre a mão uma fralda de pano próxima das mãos. Se ele resolver fazer pipi, proteja os genitais com o pano.
• Coloque o bebê deitado de costas no trocador. Tire a fralda, utilizando a parte limpa para remover o grosso das fezes e facilitar a higiene.
• Com um algodão embebido em água morna limpe toda a região do ânus e da virilha.
• Limpe todo o prepúcio, até que as dobrinhas estejam totalmente higienizadas.
• Seque a região com uma fralda de pano, passe o creme protetor de assaduras na virilha, no pênis e na volta do ânus e coloque uma fralda limpa.
Devo puxar o prepúcio?
A maioria dos pediatras recomenda puxar o prepúcio que recobre o pênis apenas para limpar a cabeça do órgão, que fica encoberto por pele e sujeito ao acúmulo de resíduos. Hoje se sabe que a massagem vigorosa que era recomendada antigamente é desnecessária, pois ela pode causar pequenas lesões que, com o tempo, dificultam ainda mais a exposição da glande. "Se, após os 2 anos, o prepúcio não tiver se recolhido, indica-se a cirurgia de fimose, na qual retira-se um anelzinho de pele da cabeça do pênis, liberando o pipi", explica Renato Lopes, pediatra de São Paulo.

ACABE com o meu dodói!
Pesquisas apontam que recém-nascidos sentem dor e pode ser até mais forte que a dos adultos. Os pais são capazes de reconhecer direitinho os desconfortos dos baixinhos Por Patricia Boccia FONTE REVISTA MEU NENÊ
Cólicas O que é: dor aguda na região abdominal que pode se expandir para todo o tórax. “Acomete cerca de 30% dos recém-nascidos e se manifesta após a primeira quinzena de vida, quando a criança ingere maior quantidade de leite”, diz Flávio Adolfo Costa Vaz, professor de pediatria da Universidade de São Paulo. Em mais de 50% dos casos, o quadro desaparece espontaneamente por volta dos três meses de vida.Causas: não estão totalmente esclarecidas, mas os médicos suspeitam que as dores surgem em conseqüência da imaturidade do aparelho gastrointestinal. Mas existem outros fatores que contribuem para essas dores, como, por exemplo, o ar que o bebê engole durante as mamadas, que acarreta em distensão abdominal.Sintomas: o choro é bastante característico: picos intensos com intervalos de descanso.Além disso, o bebê se retorce, fica com as faces vermelhas e dobra as perninhas.Tratamento: os médicos costumam receitar remédios analgésicos e substâncias que relaxam a musculatura intestinal. Outra medida importante é fazer o bebê arrotar após as mamadas para aliviar o desconforto provocado pelos gases. Compressas aquecidas – pode ser uma fralda ou bolsa de água quente – na barriga também diminuem o incômodo.
Dor de garganta O que é: inflamação causada por vírus ou bactéria que deixa a garganta sensível e dolorida, principalmente ao engolir algum alimento.Causas: gripes e resfriados que provocam amigdalites e faringites.Sintomas: o principal é, sem dúvida, a dor intensa na região. Os bebês choram muito e se recusam a mamar. Os maiorzinhos rejeitam também a papinha. Além disso, sintomas como vômito, febre, indisposição, mau hálito e moleza são sinais importantes que apontam a doença.Tratamento: medicamentos para tratar o estado geral da criança, como analgésicos e antitérmicos. Se a infecção for causada por bactéria, muitas vezes o médico prescreve antibióticos. Outra medida importante é evitar servir suco e água gelada para os baixinhos. Elas paralisam os cílios de defesa do aparelho respiratório e facilitam a penetração de mais bactérias na garganta que já está inflamada e dolorida.
Dor de cabeçaO que é: uma sensação dolorosa que atinge certas regiões da cabeça e também parte posterior do pescoço. Pode acometer principalmente os pequenos a partir de 1 ano.Causas: pode surgir por causa de uma gripe, infecção ou ser conseqüência de alterações na rotina (noites maldormidas ou ficar muito tempo sem se alimentar, principalmente).Sintomas: além da própria dor na cabeça, que geralmente é demonstrada pela criança por meio de choro ou quando ela esfrega a cabecinha, pode haver outros sinais, como palidez, vômito, moleza, alteração no apetite e olhos avermelhados.Tratamento: remédios para tratar gripes e infecções, se eles estiverem provocando a dor e medidas como: deixar a criança em ambiente silencioso e com pouca luminosidade, procurar afastá-la de cheiros fortes, como o de perfumes, e fazer massagem circular na altura da testa.
Dor de ouvido O que é: o alvo geralmente é o ouvido médio, porque essa região ainda não tem defesas suficientes contra a presença de microorganismos invasores. E mais: as secreções do nariz, por exemplo, podem bloquear o canal auditivo e provocar a dor. Estima- se que 75% dos baixinhos têm pelo menos um episódio de dor de ouvido ao longo dos três primeiros anos de vida.Causas: vírus e bactérias atingem facilmente os canais auditivos e podem contaminá-los e inflamá-los.Sintomas: choro intenso, irritabilidade, dificuldade para dormir e febre. Alguns pequenos chegam a puxar uma ou ambas as orelhinhas. Às vezes, aparece secreção e diminuição da audição (casos mais graves).Tratamento: Além de tratar a infecção, com remédios para combater a dor e antibióticos contra as bactérias, pode ser dado à criança antitérmicos para baixar a febre. Uma boa alternativa enquanto não se localiza o pediatra é fazer uma compressa com uma fralda aquecida por ferro na região do ouvido. E, muito importante: nunca pingue substâncias como óleo quente no ouvido da criança. Isso pode piorar a infecção e danificar o aparelho auditivo. Para evitar o problema, procure sempre proteger o ouvido quando o pequeno tomar banho e também nos dias frios.
CONFIE SEMPRE NA SUA INTUIÇÃO, POIS OS PAIS CONSEGUEM PERCEBER QUANDO A CRIANÇA ESTÁ SOFRENDO COM ALGUMA DOR. NA DÚVIDA, CONSULTE O PEDIATRA DO NENÊ.
Os primeiros dentinhos
Eles não sinalizam nenhuma doença, mas podem fazer o baixinho sofrer bastante. Quando os dentinhos se preparam para romper a gengiva (por volta dos 6 meses) os pequenos ficam extremamente indispostos e irritados, pois a sensação na boquinha é bem incômoda. Segundo a cirurgiã-dentista Mara Sílvia Dias Valverde Rebelato, o surgimento da dentição é um processo inflamatório: a gengiva incha, coça e fica dolorida. “Pelo próprio quadro criança fica debilitada”, explica Mara. “Daí o fato de algumas mamães dizerem que o baixinho teve virose, febre e até diarréia quando os primeiros dentinhos apontaram”, completa Mara. Tratamento não há. Apenas algumas medidas que amenizam o desconforto.
Veja as dicas da dentista:
• Procure dar à criança mordedores de silicone que podem ser colocados na geladeira. O frio controla o processo inflamatório.
• Faça massagens nas gengivas com escovinhas próprias para bebês. • Aplique pomadinhas à base de xilocaína, próprias para esse período. A substância traz alívio momentâneo porque ajuda a amortecer a região e o nenê esquece do desconforto.
Beijos
Quando o bebê começa a lançar os primeiros beijos, por volta dos 6 ou 7 meses, papai, mamãe e avós se sentem nas nuvens. E os espertinhos logo aprendem que beijo é sinônimo de carinho e vão usar esse instrumento sempre que estiverem felizes ou querendo algo dos adultos. Beijar e se deixar beijar pelos nenês, além de ser uma delícia, estimula o companheirismo e o amor. Portanto, não há medida para esse agrado.
Dica: só não vale beijar na boca do nenê, pois as bactérias da boca dos adultos podem causar doenças como a estomatite.
Chupeta
Alguns pediatras são contra o uso da chupeta. Outros, admitem que ela acalma. Já os odontopediatras não indicam chupeta em hipótese alguma, pois afirmam que ela pode comprometer o desenvolvimento e o posicionamento dos dentes na arcada dentária. Mas cabe aos pais o bom senso em avaliar a necessidade em dar a chupeta ao nenê. E saiba que bebês que mamam no peito costumam rejeitar a chupeta.
Dica: se o nenê aceitou a chupeta acostume-o a usá-la apenas para dormir. E opte pelos modelos ortodônticos.
Dormir na cama dos pais
Muitos pais acostumam os bebês a dormir na cama do casal, sem pensar que podem criar uma dor de cabeça mais tarde. É como alimentar a relação umbilical que existia na vida intra-uterina. Não é possível mantê-la para o resto da vida. O hábito retarda o desenvolvimento emocional da criança, pois, em geral, se estabelece uma relação superprotetora dos pais com o filho. Da parte da criança pode nascer uma dependência excessiva que, mais tarde, se estenderá para outras situações, como na escolinha.
Dica: leve seu filho para o berço e cante ou converse com ele. Observe o quarto. Uma sombra provocada pelo abajur pode assustá-lo. Se ele acordar aos gritos, vá até lá e segure sua mãozinha
Animais de estimação
Antes de trazer um bichinho para casa, consulte o pediatra e um veterinário para esclarecer dúvidas sobre a escolha do animal. Peixe ou tartaruguinha são escolhas seguras. Se optar por cachorro ou gato, monitore as brincadeiras, já que bebês não têm noção do perigo. A criança nunca deve aproximar o rosto do bicho, muito menos quando ele estiver se alimentando. Controle as vacinas e a higiene do animal. O cachorro deve estar com as vacinas em dia e ter boa higieneDica: visitar parques e zoológicos e deixar que seu filho acaricie os bichos ajuda a suprir a ausência do animal.
Educação começa no berço
Uma grande preocupação dos pais modernos é justamente saber a hora certa de dizer "não" aos pequenos e, com isso, passar lições positivas.Por Patrícia Boccia
O choro é a maior arma que os bebês têm para se comunicar com os pais. Se sentem fome, choram, se sentem sede, frio, calor ou se estão com dor, choram também. E como são mais espertos do que imaginamos, percebem desde cedo que podem ganhar as coisas literalmente no berro. Desse ponto para uma sessão de birra e manha é um pulo. "Quanto mais cedo o nenê perceber que no seu lar a palavra limite é colocada em prática, mais fácil ficará para os pais conduzir a educação", explica a pedagoga e psicóloga Kátia Couto Soares, de São Paulo.
Impor regras ao bebê não vai frustrá-lo. Ao contrário, é a melhor forma de demonstrar que ao seu lado estão adultos determinados e seguros. "O nenê se sente amado quando nota que seus pais estão de olho no que ele faz", comenta Kátia. Além disso, segundo a pedagoga, a disciplina em casa é importante para que a criança adquira outras características que carregará para a vida adulta.
Segurança
Quem vê aquele garotinho birrento pode confundi-lo com uma criança cheia de si e de personalidade. "Ao contrário. Eis a prova de que o pequeno está carente de alguém que lhe mostre o caminho mais seguro." Dizer "não", quando necessário, é afirmar para seu filho que ele pode se sentir seguro, porque você é mais experiente que ele e sabe o que é melhor.
Autoconfiança O pequeno que cresce com limites torna-se um adulto confiante, pois aprendeu até onde pode ir, sem se machucar e sem invadir o terreno alheio. É uma das lições mais proveitosas para viver feliz em sociedade.
Desenvolvimento intelectual
Pequenos em que os pais estavam atentos aos limites desde o berço, com certeza, crescerão mais espertos e renderão mais na escola. Estudos provaram que uma criança pode ter um enorme potencial, mas sem limites não conseguirá desenvolver raciocínio lógico. Sem disciplina, não será capaz de se concentrar, e seu pensamento não se fixa em nada.
Lidar com as frustrações
A criança deve perceber desde cedo que o mundo não está disposto a atender às suas vontades em três segundos. Por isso, aprender a lidar com as frustrações é fundamental para que ela não se transforme em um adulto prepotente.
Até onde ela pode ir
Confira algumas sugestões no quadro sobre como colocar limites de acordo com a faixa etária da criança


Idade 0 a 6 meses-
Características- Dependência total dos pais. Não compreendem abstrações, só o concreto. Começam pela rotina nos horários das mamadas, do banho e do sono. Limites-Acompanhe suas ordens com gestos que indiquem ação.
7 meses a um ano
Como já se locomovem sozinhas (andando ou engatinhando), querem mais independência. Podem não entendem direito o sentido das suas palavras, mas compreendem o tom da sua voz.
Nessa fase, os limites estão voltados para a segurança física e na prevenção de acidentes. Use um tom de voz adequado e dê ordens diretas e objetivas. O pequeno já percebe regras simples como: "Não pode. Isso pode machucá-lo".

Educação começa no berço
Uma grande preocupação dos pais modernos é justamente saber a hora certa de dizer "não" aos pequenos e, com isso, passar lições positivas. Por Patrícia Boccia
Seis regras da boa educação
Colocar limites é um exercício de perseverança. Acatar tudo o que as crianças desejam é mais fácil do que dizer "não". Por isso os pais precisam estar preparados para cumprir o seu papel de educadores. Veja a seguir o que você terá que trabalhar para educar seu filho da melhor maneira.
1 Paciência
- Quando são bem pequenas, as crianças podem não entender os motivos pelos quais os pais as impedem de brincar com objetos perigosos. Quando crescem um pouquinho, são capazes de perceber que uma faca, por exemplo, pode machucá-las, mas mesmo assim continuam testando os pais. Portanto, você precisará de paciência para dizer mil vezes a mesma coisa.
2 Clareza
-As regras devem ser sempre objetivas. Não adianta tentar explicar a uma criança de um ano que não deve escalar um móvel porque a lei da gravidade é impiedosa e irá derrubá-la. Oriente-a apenas dizendo: “Não, porque você pode cair e se machucar feio”.
3 Convicção
-Se o pequeno não pode brincar com a faca, não pode hoje e nunca. Faça valer as regras em qualquer situação – inclusive na presença de visitas e dos avós.
4 Coerência
-Uma regra só deve ser imposta quando existe uma razão. Dizer não sem motivo não faz sentido. Só aumenta a teimosia.
5 Firmeza
-Se o pequeno perceber que basta choramingar para que os pais afrouxem as rédeas, usará a birra para fazer chantagem emocional.
6 Tom de voz adequado
-Não grite para não deixar a autoridade ir pelo ralo abaixo. Além de ser desgastante. Por outro lado, falar baixo e hesitar não convence os espertinhos. Use um tom de voz firme e frases que não deixem a menor dúvida sobre as suas intenções.
Mamãe diz não e papai diz sim
Educação se faz em família. O casal precisa estar afinado quanto aos ensinamentos que quer passar para os filhos
Quando a mãe nega e o pai deixa (ou vice-versa), o resultado quase sempre é um só: a criança deita e rola em cima das tentativas dos adultos de dizerem "não" a seus desejos. Como não é boba, logo domina o jogo para obter o que quer e deixa claro quem é que manda. Por isso, é preciso, sempre, que os pais entrem em acordo a respeito de cada regra colocada para o pequeno. Nesse caso, o casal deve conversar muito a respeito da educação dos filhos para estar convicto de uma situação. Depois, é só deixar claro para o pequeno que as decisões foram tomadas em conjunto. Pode ter certeza que a criança, por mais nova que seja, irá compreender que os pais estão em harmonia naquele lar.

Volta ao trabalho
Depois da gestação e da licença-maternidade, é natural que o momento da separação seja doloroso para vocês. Pode causar estresse e angústia. Um dos motivos é a escolha de quem vai ficar com a criança. Por isso, essa decisão não deve ficar para a última hora. Quanto antes você souber quem ficará com seu filho, menor será seu sofrimento. O bebê capta as emoções boas e ruins da mãe. Por isso, lidar com a ansiedade dele é o primeiro passo para que sua volta ao trabalho seja mais tranqüila e saudável possível.
Dica: converse bastante sobre o assunto com seu marido, suas irmãs ou amigas. Troque experiências com casais que já passaram pela mesma situação. Coloque outras pessoas no circuito, como sua mãe e sogra, tias ou babás, para que a criança comece a se acostumar e não sinta choque com sua falta.
Paninhos inseparáveis
Existem bebês que só pegam no sono se tiverem entre as mãos uma fralda de pano ou um cobertor. Esses "tesouros" representam uma forma de transferir parte do sentimento que nutrem pela mãe. Com o tempo, o paninho perde o significado afetivo e, quando menos se espera, é deixado de lado.
Dica: se ao viajar você esquecer o cobertor querido e ele se desesperar, mantenha a calma. Mais uma vez é a presença carinhosa e afetiva dos pais que vai ajudá-lo a dormir com tranqüilidade.
Quieto demais
Ele quase não chora. Quando o faz, o chorinho é fraco, praticamente inaudível. Passa horas no berço, sem reclamar. Não protesta quando a mamada atrasa nem quando a fralda está suja. Mexe-se muito pouco. Mal segue o rosto da mamãe com os olhos. Não mantém contato visual e, em questão de segundos, parece se desinteressar pelo movimento ao seu redor. Mesmo depois dos 3 meses, não fixa o olhar nem dá sinais de reconhecer as pessoas mais presentes em sua vida. Enfim, não exige trabalho nenhum de tão quietinho que é. Bebês pacíficos demais, na verdade, podem ser portadores de alguns problemas como deficiência auditiva, disfunções neurológicas, deficiências mentais ou alterações emocionais, além da ADL, sigla que significa alteração do desenvolvimento da linguagem. Por mais que o baixinho seja estimulado, ele não consegue aprender a falar.
Dica: quanto mais cedo procurar ajuda, melhor. Crianças com problemas de audição, por exemplo, quando estimuladas adequadamente desde cedo, podem se adaptar às deficiências e até aprender a falar. É hora de parar
P: Depois de brincar por algum tempo, meu filho começa a chorar por qualquer coisa. Ele parececansado e quando tento tirá-lo da brincadeira, ele chora ainda mais.O que devo fazer? R: Quando a criança fica cansadinha, realmente ela torna-se chorona. Esse é um alerta para que a mamãe encerre a atividade ali mesmo. E se o berreiro aumentar, não se importe. “O pequeno mostra que deve parar de brincar e a mãe é quem deve fazer isso por ele, caso contrário ficará tão cansado que terá até dificuldades para dormir”, diz a psicoterapeuta e escritora Yasmin Garrido Bruno, de São Paulo.

INÍCIO QUE JUSTIFICARIA OS FINS
Um estudo realizado pelo Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano dos Estados Unidos mostra que crianças que ficaram em creches ou sob os cuidados de outras pessoas – antes mesmo do jardim de infância – são mais agressivas quando crescem (participam de brigas, discussões, são desobedientes). Os pesquisadores sugerem que esse tipo de comportamento estaria relacionado ao fato de algumas pessoas não terem o treinamento adequado para lidar com os pimpolhos.
Dica:Adie o processo de desmame caso alguma mudança esteja por vir na vida do bebê, como por exemplo, se você tiver que voltar ao trabalho, o pequeno começar a ir para a escolinha ou uma nova babá está em casa. Isso evita que o processo seja perturbador e traumático para a criança. Fonte: Do livro O que esperar do primeiro ano, editora Record
Foi sem querer...No segundo ano de vida, o bebê mostra certa independência porque já anda. E algumas vezes parece até que ele abusa disso com atitudes negativas. O autor do livro Criando bebês felizes (Prestígio Editorial), Steve Biddulph, esclarece que isso acontece porque a região do cérebro responsável por criar consciência social – córtex pré-frontal – está em desenvolvimento. Então o baixinho não reconhece o que é certo ou errado, nem controla seu comportamento. Por isso, mamãe, nada de gritaria, muito menos tapas! Procure desviar a atenção dele para outra coisa.