Preferi colocar o comentário antes das pesquisas para que entendam melhor o motivo de ter me interessado pelo assunto. Gosto de assistir séries americanas como House, Law e Order, Life, CSI( inclusive Miami e Nova York), NCSI,Monk, Gray's Anatomy, E.R e Medical Detectives.São séries que me chamam muito a atenção e muitas vezes pesquiso para saber se alguma coisa revelada no episódio é verdadeira.Tenho constatado que apesar de serem apenas seriados americanos ,podemos aprender muito com eles. Nesta semana(terça-feira) dia 15/12,no seriado LAW & ORDER SPECIAL VITMS UNITS (canal UC, site www.uc.globo.com o episódio “Dependentes”, os detetives Olivia Benson e Elliot Stabler prendem em flagrante o terapeuta Martin Gold por fornecer drogas a um adolescente que frequentava sua instituição de dependentes químicos. O terapeuta influenciava os jovens negativamente,mas prender Martin não é uma tarefa fácil por ele ser muito influente. Há um garoto que é viciado em heroína e Martin fornece para ele. Dr. George Huang( que trabalha com os detetives) fica preocupado com o jovem e toma uma atitude perigosa: sequestra-o para fazer um tratamento alternativo com Ibogaína, que de acordo com o seriado teria curado uma grande parte de usuários .Ibogaína seria uma nova forma de tratamento para dependentes de drogas e álcool, mas que não era utilizada por não ter conseguido renovar a patente e que ,segundo ele, não era vantajoso financeiramente para os laboratórios, um método barato para livrar as pessoas das dependências.
Pesquisei , encontrei muitas fontes e aí estão alguns dos textos que achei mais explicativos.
Pesquisa 1
Ibogaína
O que é a ibogaína?
A ibogaína é um alcalóide indólico psicoativo derivado do caule da raiz de uma planta africana, a Tabernanthe iboga. Na África a raiz da planta é conhecida coloquialmente como “iboga” ou “eboka”. Contém aproximadamente 12 alcalóides diferentes, dos quais a ibogaína é apenas um. Outros, tais como a tabernatina ou a ibogamina, aparentam também ser psicoativos. Nos últimos anos tem-se notado cada vez mais a capacidade da ibogaína para o tratamento da dependência de drogas e do álcool. Estudos científicos e relatórios variados sugerem que uma única administração de ibogaína remove os sintomas da abstinência de substâncias e reduz o desejo de uso durante algum tempo após a sua administração. Para além disso, acredita-se grandemente que as propriedades psicoativas da ibogaína (em doses altas pode induzir um estado sonhador durante algumas horas) ajudam os toxicodependentes a compreenderem e reverterem o seu comportamento em relação ao uso de substâncias.
História
Um alcalóide indólico ligeiramente psicoativo derivado de uma planta africana - a droga em forma de planta - é usado por grupos indígenas há milénios. Os índios Bwiti, um grupo religioso da África Central, usam o caule da raiz da planta Tabernanthe iboga para uma variedade de propósitos sociais e religiosos, sobretudo como componente central do seu ritual de iniciação – uma intricada cerimónia de “renascimento” que dura 3 dias. Para se tornar membro do grupo é necessário completar esta cerimónia. Ambos os sexos são iniciados tipicamente entre os oito e os dezoito anos. A descoberta de que a ibogaína pode tratar a dependência de substâncias é normalmente atribuída a Howard S. Lotsof – um ex-toxicodependente que vive em Nova Iorque e experimentou ibogaína pela primeira vez em 1962. Lotsof experimentou a ibogaína crendo que era uma nova droga recreativa, mas 30 horas depois apercebeu-se subitamente de que não sentia falta da heroína, nem tinha vontade de a procurar. A experimentação casual subsequente por amigos toxicodependentes revelou que este efeito era comum a outros utilizadores.
Química
Entre os cerca de uma dúzia de alcalóides indólicos complexos derivados da triptamina e encontrados na Tabernanthe iboga (da família das Apocynacea), a ibogaína é a sua substância alucinógena mais importante, e o principal composto psicadélico originário do continente africano. A extração dos alcalóides do caule da raiz resulta em puro hidrocloreto de ibogaína. A ibogaína, cuja denominação química é 12-metoxibogamina, é um inibidor da colinaesterase, uma enzima estimulante que afecta o sistema nervoso central. A molécula mostra a estrutura nuclear com dois anéis indólicos, comum à maioria das substâncias alucinógenas.
Efeitos
Em pequenas doses, assim como as folhas de coca na América do Sul, a iboga é ingerida pelos índios Bwiti para permanecerem acordados e alerta durante as grandes caçadas e viagens de canoa, as quais podem durar dois ou mais dias. Diz-se também possuir propriedades afrodisíacas. (Os frutos laranja-amarelados da T. iboga, do tamanho de azeitonas, são por vezes usados para tratar problemas de esterilidade nas mulheres).
Em quantidades maiores, a ibogaína é alucinógena. Causa náuseas e vômitos, à semelhança do peiote. A este nível, o utilizador entra num estado de transe intenso e profundo, onde o movimento fisíco é impossível. O transe é muito visual, e normalmente manifesta-se como uma longa viagem.
A este nível a ação da ibogaína divide-se em três partes. A primeira é um período de quatro a seis horas semelhante ao sonho, durante o qual se experimentam apresentações visuais e pensamentos relacionados com acontecimentos passados. A segunda é um período intelectual ou cognitivo, no qual essas experiências são avaliadas, e a terceira é um período de estimulo residual que eventualmente resultará em sono. É após o utilizador acordar que nota a falta de desejo de tomar ou procurar as drogas das quais estava dependente. Todavia, deve notar-se que as respostas à ibogaína são bastante variáveis, de acordo com as características individuais do utilizador.
As visões da ibogaína contêm invariavelmente muitos detalhes pessoais. Um artifício simbólico que parece ser frequentemente usado pela ibogaína é a dissimuação de problemas pessoais do tipo mundial, geralmente enredos políticos ou ecológicos que aparentam ameaçar o planeta.
Uso medicinal
Estudos sugerem que a ibogaína tem um potencial considerável no tratamento da dependência de heroína, cocaína, base-livre de cocaína (crack), metadona, e álcool. Existe também a indicação de que pode ser útil no tratamento da dependência do tabaco. Foi ainda sugerido que a droga pode ter um potencial considerável no campo da psicoterapia, sobretudo no tratamento dos efeitos do trauma e do condicionamento.
Uma única administração de ibogaína tem três efeitos típicos úteis ao tratamento da toxicodependência. Primeiro, causa uma enorme redução dos sintomas do síndrome de abstinência, permitindo uma desintoxicação relativamente indolor. Segundo, o desejo de usar a droga decresce notavelmente durante algum tempo após o consumo da ibogaína, geralmente uma semana a vários meses. Isto foi confirmado por estudos científicos. Finalmente, a natureza psicoativa da ibogaína parece ajudar muitos toxicodependentes a compreenderem e reverterem os problemas por trás da dependência.
A ibogaína pode administrar-se facilmente em forma de cápsula, e não causa dependência. A dose para uso terapêutico é geralmente cerca de 5 a 8 microgramas por cada quilograma de peso corporal da pessoa. É geralmente aplicada num só tratamento feito num ambiente clínico com monotorização médica apropriada e avançada, no qual aparenta ser segura. Enquanto que sem dúvida acontece que alguns indivíduos cessam permanentemente o uso das drogas após uma só dose de ibogaína, para muitos o tratamento deve ser considerado apenas como o componente inicial num programa completo de reabilitação.
Embora aprovada para testes clínicos (em seres humanos) para o tratamento da toxicodependência nos EUA nos princípios dos anos 90, problemas no apoio financeiro e outras questões atrasaram tanto o desenvolvimento da pesquisa da ibogaína que, até princípios de 2005, esta mantém-se não disponível para a maioria dos toxicodependentes no mundo inteiro.
Uso
Para a primeira experiência (para efeitos estimulantes, não psicadélicos) a dose média são duas a três colheres de chá para mulheres, e três a cinco para homens.
Tradicionalmente, o caule da raiz é raspado e secado até se transformar num pó de cor castanha-amarelada. Por vezes mistura-se com água e bebe-se, mas diz-se que a raiz é mais forte quando fresca. Normalmente não se mistura, embora alguns grupos a usem com marijuana (chamada "yama" ou "nkot alok").
Avisos
Em níveis excessivos a ibogaína causa convulsões, paralisia, e morte por paragem respiratória. Os níveis tóxicos estão relacionados com o peso corporal.
Quem está a considerar tomar ibogaína para o desenvolvimento pessoal e ainda não experimentou terapia, é importante saber que o uso da droga pode parecer atrativo simplesmente porque representa um tratamento que evita o processo psicoterapêutico formal. Se este é o caso, há o risco da ibogaína piorar os sintomas. Quando existem muitas sensações reprimidas, e para muitas pessoas de cultura ocidental isto acontecerá inevitavelmente, o uso das drogas psicadélicas pode invocar reações perigosas como mecanismo de defesa contra o aparecimento de sentimentos dolorosos. Isto pode resultar em crenças ilusórias ou neuróticas que persistem muito após a sessão treminar.
Também é importante saber que o uso exclusivo da ibogaína será provavelmente insuficiente para causar uma transformação pessoal profunda. A ibogaína dá às pessoas uma perceção mental de aspetos reprimidos pela psique, mas sem ligação emocional significativa.
Ligações/ Mais informação
Ibogaine.orgThe ibogaine dossierIbogaine.co.ukIboga.org em francês, italiano e inglês. Making a Tabernanthe iboga extract Ibogaine: complex pharmacokinetics, concerns for safety, and preliminary efficacy measures por Mash DC, Kovera CA, Pablo J, Tyndale RF, Ervin FD, Williams IC, Singleton EG, Mayor M (2000) (Ann N Y Acad Sci 2000; 914:394-401). Ibogaine research projectThe Ibogaine Story por D. Beal, P. de Rienzo e membros do project Staten Island project (versão online)
Referências
Este artigo baseia-se nas seguintes páginas:
Ibogaine.co.ukAn Introduction to Ibogaine por Nick Sandberg Erowids Ibogaine FAQIbogaine info from alt.psychoactivesErowids Ibogaine Vault
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Dukeabq - 2007-06-10 20:57:05
IBOGAÍNA
ago 2001
O que é a ibogaína?
A ibogaína é um alcalóide indólico psicoativo derivado do caule da raiz de uma planta africana, a Tabernanthe iboga. Na África a raiz da planta é conhecida coloquialmente como “iboga” ou “eboka”. Contém aproximadamente 12 alcalóides diferentes, dos quais a ibogaína é apenas um. Outros, tais como a tabernatina ou a ibogamina, aparentam também ser psicoativos. Nos últimos anos tem-se notado cada vez mais a capacidade da ibogaína para o tratamento da dependência de drogas e do álcool. Estudos científicos e relatórios variados sugerem que uma única administração de ibogaína remove os sintomas da abstinência de substâncias e reduz o desejo de uso durante algum tempo após a sua administração. Para além disso, acredita-se grandemente que as propriedades psicoativas da ibogaína (em doses altas pode induzir um estado sonhador durante algumas horas) ajudam os toxicodependentes a compreenderem e reverterem o seu comportamento em relação ao uso de substâncias.
História
Um alcalóide indólico ligeiramente psicoativo derivado de uma planta africana - a droga em forma de planta - é usado por grupos indígenas há milénios. Os índios Bwiti, um grupo religioso da África Central, usam o caule da raiz da planta Tabernanthe iboga para uma variedade de propósitos sociais e religiosos, sobretudo como componente central do seu ritual de iniciação – uma intricada cerimónia de “renascimento” que dura 3 dias. Para se tornar membro do grupo é necessário completar esta cerimónia. Ambos os sexos são iniciados tipicamente entre os oito e os dezoito anos. A descoberta de que a ibogaína pode tratar a dependência de substâncias é normalmente atribuída a Howard S. Lotsof – um ex-toxicodependente que vive em Nova Iorque e experimentou ibogaína pela primeira vez em 1962. Lotsof experimentou a ibogaína crendo que era uma nova droga recreativa, mas 30 horas depois apercebeu-se subitamente de que não sentia falta da heroína, nem tinha vontade de a procurar. A experimentação casual subsequente por amigos toxicodependentes revelou que este efeito era comum a outros utilizadores.
Química
Entre os cerca de uma dúzia de alcalóides indólicos complexos derivados da triptamina e encontrados na Tabernanthe iboga (da família das Apocynacea), a ibogaína é a sua substância alucinógena mais importante, e o principal composto psicadélico originário do continente africano. A extração dos alcalóides do caule da raiz resulta em puro hidrocloreto de ibogaína. A ibogaína, cuja denominação química é 12-metoxibogamina, é um inibidor da colinaesterase, uma enzima estimulante que afecta o sistema nervoso central. A molécula mostra a estrutura nuclear com dois anéis indólicos, comum à maioria das substâncias alucinógenas.
Efeitos
Em pequenas doses, assim como as folhas de coca na América do Sul, a iboga é ingerida pelos índios Bwiti para permanecerem acordados e alerta durante as grandes caçadas e viagens de canoa, as quais podem durar dois ou mais dias. Diz-se também possuir propriedades afrodisíacas. (Os frutos laranja-amarelados da T. iboga, do tamanho de azeitonas, são por vezes usados para tratar problemas de esterilidade nas mulheres).
Em quantidades maiores, a ibogaína é alucinógena. Causa náuseas e vômitos, à semelhança do peiote. A este nível, o utilizador entra num estado de transe intenso e profundo, onde o movimento fisíco é impossível. O transe é muito visual, e normalmente manifesta-se como uma longa viagem.
A este nível a ação da ibogaína divide-se em três partes. A primeira é um período de quatro a seis horas semelhante ao sonho, durante o qual se experimentam apresentações visuais e pensamentos relacionados com acontecimentos passados. A segunda é um período intelectual ou cognitivo, no qual essas experiências são avaliadas, e a terceira é um período de estimulo residual que eventualmente resultará em sono. É após o utilizador acordar que nota a falta de desejo de tomar ou procurar as drogas das quais estava dependente. Todavia, deve notar-se que as respostas à ibogaína são bastante variáveis, de acordo com as características individuais do utilizador.
As visões da ibogaína contêm invariavelmente muitos detalhes pessoais. Um artifício simbólico que parece ser frequentemente usado pela ibogaína é a dissimuação de problemas pessoais do tipo mundial, geralmente enredos políticos ou ecológicos que aparentam ameaçar o planeta.
Uso medicinal
Estudos sugerem que a ibogaína tem um potencial considerável no tratamento da dependência de heroína, cocaína, base-livre de cocaína (crack), metadona, e álcool. Existe também a indicação de que pode ser útil no tratamento da dependência do tabaco. Foi ainda sugerido que a droga pode ter um potencial considerável no campo da psicoterapia, sobretudo no tratamento dos efeitos do trauma e do condicionamento.
Uma única administração de ibogaína tem três efeitos típicos úteis ao tratamento da toxicodependência. Primeiro, causa uma enorme redução dos sintomas do síndrome de abstinência, permitindo uma desintoxicação relativamente indolor. Segundo, o desejo de usar a droga decresce notavelmente durante algum tempo após o consumo da ibogaína, geralmente uma semana a vários meses. Isto foi confirmado por estudos científicos. Finalmente, a natureza psicoativa da ibogaína parece ajudar muitos toxicodependentes a compreenderem e reverterem os problemas por trás da dependência.
A ibogaína pode administrar-se facilmente em forma de cápsula, e não causa dependência. A dose para uso terapêutico é geralmente cerca de 5 a 8 microgramas por cada quilograma de peso corporal da pessoa. É geralmente aplicada num só tratamento feito num ambiente clínico com monotorização médica apropriada e avançada, no qual aparenta ser segura. Enquanto que sem dúvida acontece que alguns indivíduos cessam permanentemente o uso das drogas após uma só dose de ibogaína, para muitos o tratamento deve ser considerado apenas como o componente inicial num programa completo de reabilitação.
Embora aprovada para testes clínicos (em seres humanos) para o tratamento da toxicodependência nos EUA nos princípios dos anos 90, problemas no apoio financeiro e outras questões atrasaram tanto o desenvolvimento da pesquisa da ibogaína que, até princípios de 2005, esta mantém-se não disponível para a maioria dos toxicodependentes no mundo inteiro.
Uso
Para a primeira experiência (para efeitos estimulantes, não psicadélicos) a dose média são duas a três colheres de chá para mulheres, e três a cinco para homens.
Tradicionalmente, o caule da raiz é raspado e secado até se transformar num pó de cor castanha-amarelada. Por vezes mistura-se com água e bebe-se, mas diz-se que a raiz é mais forte quando fresca. Normalmente não se mistura, embora alguns grupos a usem com marijuana (chamada "yama" ou "nkot alok").
Avisos
Em níveis excessivos a ibogaína causa convulsões, paralisia, e morte por paragem respiratória. Os níveis tóxicos estão relacionados com o peso corporal.
Quem está a considerar tomar ibogaína para o desenvolvimento pessoal e ainda não experimentou terapia, é importante saber que o uso da droga pode parecer atrativo simplesmente porque representa um tratamento que evita o processo psicoterapêutico formal. Se este é o caso, há o risco da ibogaína piorar os sintomas. Quando existem muitas sensações reprimidas, e para muitas pessoas de cultura ocidental isto acontecerá inevitavelmente, o uso das drogas psicadélicas pode invocar reações perigosas como mecanismo de defesa contra o aparecimento de sentimentos dolorosos. Isto pode resultar em crenças ilusórias ou neuróticas que persistem muito após a sessão treminar.
Também é importante saber que o uso exclusivo da ibogaína será provavelmente insuficiente para causar uma transformação pessoal profunda. A ibogaína dá às pessoas uma perceção mental de aspetos reprimidos pela psique, mas sem ligação emocional significativa.
Ligações/ Mais informação
Ibogaine.orgThe ibogaine dossierIbogaine.co.ukIboga.org em francês, italiano e inglês. Making a Tabernanthe iboga extract Ibogaine: complex pharmacokinetics, concerns for safety, and preliminary efficacy measures por Mash DC, Kovera CA, Pablo J, Tyndale RF, Ervin FD, Williams IC, Singleton EG, Mayor M (2000) (Ann N Y Acad Sci 2000; 914:394-401). Ibogaine research projectThe Ibogaine Story por D. Beal, P. de Rienzo e membros do project Staten Island project (versão online)
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Ibogaine.co.ukAn Introduction to Ibogaine por Nick Sandberg Erowids Ibogaine FAQIbogaine info from alt.psychoactivesErowids Ibogaine Vault
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Dukeabq - 2007-06-10 20:57:05
IBOGAÍNA
ago 2001
Pesquisa 2 retirada do BLOG
Fábio
Idade: 31
Sexo: Masculino
Atividade: Serviços comerciais
Profissão: Empresário
Local: Sou de Florianópolis : Santa Catarina.
Quem sou eu
Sou ex-interno e voluntário em uma clínica de tratamento para dependentes químicos e alcoólicos e espero através deste Blog, poder ajudar a conscientizar as pessoas sobre a real dimensão dos prejuízos causados à vida daqueles que se envolvem com as drogas.
Meus blogs
O Poder Destrutivo das Drogas
Idade: 31
Sexo: Masculino
Atividade: Serviços comerciais
Profissão: Empresário
Local: Sou de Florianópolis : Santa Catarina.
Quem sou eu
Sou ex-interno e voluntário em uma clínica de tratamento para dependentes químicos e alcoólicos e espero através deste Blog, poder ajudar a conscientizar as pessoas sobre a real dimensão dos prejuízos causados à vida daqueles que se envolvem com as drogas.
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O Poder Destrutivo das Drogas
Ibogaína quinta-feira, 21 de maio de 2009
Foi durante meu internamento que ouvi falar pela primeira vez da existência dessa substância alucinógena, que vem sendo considerada a mais nova arma contra a dependência química, alcoólica e tabagista. A ibogaína é extraída da casca da raiz da planta Tabernanthe iboga e vem sendo utilizada por muitos anos em tribos do Congo e do Gabão em rituais religiosos, de caça e de iniciação sexual. Em baixas concentrações, os nativos a utilizam como anestésico, remédio para fadiga, tratamento de depressão, picada de cobra, impotência masculina, esterilidade feminina, AIDS e também como estimulante e afrodisíaco. Os curandeiros locais, adeptos de uma religião chamada bouiti, acreditam que ela é eficaz também contra doenças místicas, como a possessão. Quando ingerida em altas quantidades, ela provoca alucinações. Na farmacologia, tem um efeito já desvendado. Ela ataca uma ação comum a todos os narcóticos no cérebro, que promovem o aumento da concentração de dopamina, um dos principais neurotransmissores. Essa elevação provoca uma imediata sensação de bem-estar e uma tendência de repetição de comportamento. Com o consumo contínuo, a produção e a concentração desse neurotransmissor ficam condicionadas ao uso de drogas e fatores a ela associados. Se uma pessoa é alcoólatra, por exemplo, o simples fato de entrar em um bar já a estimula a beber e faz com que ela se sinta melhor. Na falta da droga, ocorre uma espécie de falha de comunicação entre os neurônios e o organismo entra em colapso. Em 1962, Howard Lotsof, um jovem dependente de heroína, acabou descobrindo, por acaso, a iboga na África. Após uma viagem astral de 36 horas, relatou que perdeu o desejo de consumir heroína por completo. Em 1983, Lostsof relatou as propriedades anti adictivas da ibogaína e em 1985 obteve quatro patentes nos EUA para o tratamento de dependências de ópio, cocaína, anfetamina, etanol e nicotina. Fundou o International Coalition for Addicts Self Help e desenvolveu o método Endabuse, uma farmacoterapia experimental que faz uso da ibogaíne HCl, a forma solúvel da ibogaína. Através da administração de uma única dose, cujo efeito dura dois dias, haveria uma atenuação severa dos sintomas de abstinência e uma perda do desejo de consumir drogas por um período mais ou menos longo de tempo. A ibogaína pode ser considerada a droga mais perigosa de todas. Sem o acompanhamento médico pode matar uma pessoa na primeira dose. As características psicoativas da substância levam o dependente a uma realidade extra-sensorial e a uma busca pelas respostas por seus desvios comportamentais em crises de alucinações. Durante essas crises, o indivíduo fica em uma espécie de estado de transe. Segundo descrições de quem já passou pela experiência, a ibogaína abre as portas da percepção e possibilita rever o passado. Seria, principalmente, um desencadeador para um processo de autoconhecimento. Em alguns países como Estados Unidos, Reino Unido, França e Suíça os tratamentos com ibogaína não são autorizados, mas mesmo assim, têm sido adotados clandestinamente. No Panamá, a instituição liderada por Lotsof cobra 15 mil dólares a dose; na Itália, o custo é de 2.500 dólares, e, nos EUA, o tratamento varia entre 500 e 2.500 dólares. Aqui no Brasil, a aplicação é feita em um hospital, com acompanhamento médico, depois de um período de um mês de preparação terapêutica. O valor cobrado é algo em torno de 7.000 reais. Até hoje, conheci quatro pessoas que tomaram a ibogaína, dessas, apenas uma vem se mantendo em abstinência sem ter precisado tomar novas doses, apesar disso, acho que com a progressão dos estudos, e com uma melhor compreensão de seus efeitos no organismo, esta planta pode se tornar uma poderosa arma na luta contra a dependência química.
Postado por Fábio às 12:23
Marcadores: Alcoolismo, Dependência química, Drogas, ibogaína
3 comentários
WLADI disse...
Fiz a ibogaína, estou abstnente a quase 2 anos, do crack que era o que estava me matando. Mas sinto que isto se da também por ter dado continuidade no Santo Daime que é onde ingressei 3 meses após a ibóga. E o Santo Daime uma sessão de cura, pedem uma contribuição de R$20,00 e se quiser dar... e é a mesma coisa.... O importante é a vontade inicial e o apoio da família... Depois precisamos de uma busca e uma limpeza espiritual...
8 de outubro de 2009 16:36
Anônimo disse...
o santo daime é alucigeno psicoativo diferente do efeito ativo da ibogaina metabolizando no corpo, equivalente ao sono rem. uma grande diferença quanto ao preço não chega nem perto das perdas com traficantes e baladas. cada um sabe com achar seu eu, tem gente que somente indo na igreja acha sua sobriedade ja tem doente como eu portador de uma enzima destrutiva ao meu corpo p - 450 que so com ibogaina funciona.
1 de novembro de 2009 16:36
Anônimo disse...
me chamo fpo estou na luta pela sobriedade e abstinencia há anos , me sinto privilegiado por encontrar o tratamento com ibogaina e hj poder desfrutar disso, tentei todos os tratamentos possiveis com absurdas historias de recaidas e frustações ate descobriri que a recuperação dependia somente de mim, sem internamento e sem cobranças cai na real que minha vida vale mais do que 3 segundos de prazer insaciavel. meu email é filipenamoral@yahoo.com.br, quem quiser debater sobre este assunto / informações e trocar ideias manda um email .
18 de novembro de 2009 12:17
Foi durante meu internamento que ouvi falar pela primeira vez da existência dessa substância alucinógena, que vem sendo considerada a mais nova arma contra a dependência química, alcoólica e tabagista. A ibogaína é extraída da casca da raiz da planta Tabernanthe iboga e vem sendo utilizada por muitos anos em tribos do Congo e do Gabão em rituais religiosos, de caça e de iniciação sexual. Em baixas concentrações, os nativos a utilizam como anestésico, remédio para fadiga, tratamento de depressão, picada de cobra, impotência masculina, esterilidade feminina, AIDS e também como estimulante e afrodisíaco. Os curandeiros locais, adeptos de uma religião chamada bouiti, acreditam que ela é eficaz também contra doenças místicas, como a possessão. Quando ingerida em altas quantidades, ela provoca alucinações. Na farmacologia, tem um efeito já desvendado. Ela ataca uma ação comum a todos os narcóticos no cérebro, que promovem o aumento da concentração de dopamina, um dos principais neurotransmissores. Essa elevação provoca uma imediata sensação de bem-estar e uma tendência de repetição de comportamento. Com o consumo contínuo, a produção e a concentração desse neurotransmissor ficam condicionadas ao uso de drogas e fatores a ela associados. Se uma pessoa é alcoólatra, por exemplo, o simples fato de entrar em um bar já a estimula a beber e faz com que ela se sinta melhor. Na falta da droga, ocorre uma espécie de falha de comunicação entre os neurônios e o organismo entra em colapso. Em 1962, Howard Lotsof, um jovem dependente de heroína, acabou descobrindo, por acaso, a iboga na África. Após uma viagem astral de 36 horas, relatou que perdeu o desejo de consumir heroína por completo. Em 1983, Lostsof relatou as propriedades anti adictivas da ibogaína e em 1985 obteve quatro patentes nos EUA para o tratamento de dependências de ópio, cocaína, anfetamina, etanol e nicotina. Fundou o International Coalition for Addicts Self Help e desenvolveu o método Endabuse, uma farmacoterapia experimental que faz uso da ibogaíne HCl, a forma solúvel da ibogaína. Através da administração de uma única dose, cujo efeito dura dois dias, haveria uma atenuação severa dos sintomas de abstinência e uma perda do desejo de consumir drogas por um período mais ou menos longo de tempo. A ibogaína pode ser considerada a droga mais perigosa de todas. Sem o acompanhamento médico pode matar uma pessoa na primeira dose. As características psicoativas da substância levam o dependente a uma realidade extra-sensorial e a uma busca pelas respostas por seus desvios comportamentais em crises de alucinações. Durante essas crises, o indivíduo fica em uma espécie de estado de transe. Segundo descrições de quem já passou pela experiência, a ibogaína abre as portas da percepção e possibilita rever o passado. Seria, principalmente, um desencadeador para um processo de autoconhecimento. Em alguns países como Estados Unidos, Reino Unido, França e Suíça os tratamentos com ibogaína não são autorizados, mas mesmo assim, têm sido adotados clandestinamente. No Panamá, a instituição liderada por Lotsof cobra 15 mil dólares a dose; na Itália, o custo é de 2.500 dólares, e, nos EUA, o tratamento varia entre 500 e 2.500 dólares. Aqui no Brasil, a aplicação é feita em um hospital, com acompanhamento médico, depois de um período de um mês de preparação terapêutica. O valor cobrado é algo em torno de 7.000 reais. Até hoje, conheci quatro pessoas que tomaram a ibogaína, dessas, apenas uma vem se mantendo em abstinência sem ter precisado tomar novas doses, apesar disso, acho que com a progressão dos estudos, e com uma melhor compreensão de seus efeitos no organismo, esta planta pode se tornar uma poderosa arma na luta contra a dependência química.
Postado por Fábio às 12:23
Marcadores: Alcoolismo, Dependência química, Drogas, ibogaína
3 comentários
WLADI disse...
Fiz a ibogaína, estou abstnente a quase 2 anos, do crack que era o que estava me matando. Mas sinto que isto se da também por ter dado continuidade no Santo Daime que é onde ingressei 3 meses após a ibóga. E o Santo Daime uma sessão de cura, pedem uma contribuição de R$20,00 e se quiser dar... e é a mesma coisa.... O importante é a vontade inicial e o apoio da família... Depois precisamos de uma busca e uma limpeza espiritual...
8 de outubro de 2009 16:36
Anônimo disse...
o santo daime é alucigeno psicoativo diferente do efeito ativo da ibogaina metabolizando no corpo, equivalente ao sono rem. uma grande diferença quanto ao preço não chega nem perto das perdas com traficantes e baladas. cada um sabe com achar seu eu, tem gente que somente indo na igreja acha sua sobriedade ja tem doente como eu portador de uma enzima destrutiva ao meu corpo p - 450 que so com ibogaina funciona.
1 de novembro de 2009 16:36
Anônimo disse...
me chamo fpo estou na luta pela sobriedade e abstinencia há anos , me sinto privilegiado por encontrar o tratamento com ibogaina e hj poder desfrutar disso, tentei todos os tratamentos possiveis com absurdas historias de recaidas e frustações ate descobriri que a recuperação dependia somente de mim, sem internamento e sem cobranças cai na real que minha vida vale mais do que 3 segundos de prazer insaciavel. meu email é filipenamoral@yahoo.com.br, quem quiser debater sobre este assunto / informações e trocar ideias manda um email .
18 de novembro de 2009 12:17
"Eu tomei ibogaína"
A droga é talvez o alucionógeno mais impressionante de que se tem notícia. Não bastassem seus efeitos sobre a consciência, essa raiz africana pode curar a dependência de outras drogas.
A ibogaína é talvez a droga alucinógena mais impressionante de que se tem notícia. Não bastassem seus efeitos avassaladores sobre a consciência induz o coma, provoca visões e muda a vida de quem a consome, segundo eles mesmos , essa raiz africana pode curar a dependência de outras drogas. Ela é uma das substâncias mais perigosas que se conhece muita gente já morreu por sua causa. A antropóloga paulista Beatriz Labate, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), viajou a Camarões para conhecer de perto a ibogaína. Eis o seu relato o primeiro do tipo escrito por um brasileiro:
A iboga (raiz cujo princípio ativo é a ibogaína) é utilizada na África Central no tratamento de depressão, picada de cobra, impotência masculina, esterilidade feminina, Aids e também como estimulante e afrodisíaco. Os curandeiros locais, adeptos de uma religião chamada bouiti, acreditam que ela é eficaz também contra doenças místicas, como a possessão.
Tonye Mahop, pesquisador do Jardim Botânico de Limbe, conta que existem vários registros de cura da dependência de cigarro, maconha e álcool com a iboga. O problema é que os informantes não contam bem como preparam e usam a planta. Tem uma parte do conhecimento que fica sempre em segredo.'
O ritual de iniciação, no qual a substância é ingerida, dura três dias. Na abertura, o candidato confessa todos os seus pecados e toma um banho ritual. Depois ele come em jejum até meio quilo da planta. Um grupo o acompanha cantando e dançando noite adentro. A iniciação tem como objetivo induzir um coma. De acordo com os praticantes, em algum momento o espírito sai do corpo e viaja para o lado de lá'. Ou seja, visita o mundo dos mortos. Pode receber revelações, curas ou se comunicar com seus ancestrais. Terminada a cerimônia, a pessoa ‘renasce' com uma nova identidade bandzi, ou ‘aquele que comeu'. A anciã Bilbang Nga Owono Christine, lembra bem a sua iniciação, quando teria se curado de uma doença nos olhos': ‘Uma estrela me guiou até um hospital no lado de lá. Vi meu espírito saindo do meu corpo e os médicos me operando. Voltei curada', diz.
Podem ocorrer mortes nos rituais se a dose for grande demais ou se o sujeito estiver debilitado. Da mesma forma, três pessoas já morreram no tratamento não-controlado de toxicodependentes com ibogaína na Holanda, na França e na Suíça. Alguns especialistas afirmam que a ibogaína age sobre áreas do cérebro que regem a sensação do corpo físico. O resultado é que a pessoa constrói uma imagem do ‘eu' fora do corpo. Os relatos de alguns iniciados se assemelham muito aos de pessoas que estiveram perto da morte. Em ambos os casos, fala-se na presença de uma luz infinita que seria a própria divindade, no encontro com mortos, na vida inteira passando diante dos olhos.
Participei de uma iniciação, mas comi apenas uma colherinha de iboga. O efeito foi fortíssimo, durou 24 horas. Não posso dizer que entendi muita coisa, além de ter achado o ritual bastante cansativo. A sensação foi de que os nativos têm razão: a iboga é qualquer coisa que não tem a ver com este mundo, diz respeito ao mundo dos mortos. Ficou apenas uma enorme curiosidade e medo de me submeter à iniciação completa.